Livros de autores do Pará invadem 27ª Bienal de São Paulo

Autores paraenses aproveitam a grande visibilidade da Literatura feita no Pará no cenário nacional para apresentar obras no maior evento livresco da capital paulista.


Imagem ilustrativa da notícia Livros de autores do Pará invadem 27ª Bienal de São PaulocameraMarcos Samuel, poeta paraense de Ponta de Pedras, no Marajó, é um dos destaques do Prêmio Oceanos, uma das maiores premiações internacionais de Literatura | Divulgação

Aliteratura paraense está em alta com escritores sendo laureados e indicados a prêmios nacionais e internacionais nos últimos anos e obras sendo adaptadas para o cinema e séries em streamings. Recentemente, três autores do Pará foram listados como semifinalistas do Prêmio Oceanos e o livro “Psica”, do autor Edyr Augusto, vai virar série a ser exibida pela Netflix, por exemplo. Essa notoriedade e excelência também ocuparão espaço na 27ª Bienal do Livro de São Paulo, evento que começa no dia 6 e encerra no dia 15 setembro na capital paulista.

Entre os lançamentos do Pará esperados na Bienal está o livro “Os desertos”, de Marcos Samuel Costa, poeta de Ponta de Pedras, na região do Marajó, no nordeste do Pará. Ele é um dos três escritores do Estado que foram indicados ao Oceanos neste ano. Junto com ele também estão listados o ganhador do Prêmio Sesc de Literatura em 2023, Airton Souza, com o romance “Outubro de carne estranha”, e Rogério A. Tancredo, pelo romance “Pontas soltas tardes de neblina”.

Marcos Samuel comemora a boa fase da Literatura feita no Pará. “Os prêmios são reflexo do que tem sido feito aqui e de que a literatura paraense está integrada ao resto do Brasil”, comenta. O autor estará nos dias 8 e 9 de setembro para relançar o livro “Os desertos” e conversar com leitores. O poeta aproveita a boa fase de estar entre 30 grandes autores concorrendo ao Oceanos, uma das maiores premiações lusófonas, equiparada a prêmios como o Jabuti, no Brasil, e ao Camões, em Portugal.

Douglas de Oliveira, editor da Folheando, observa que há um interesse cada vez maior à produção literária do Pará. O mesmo movimento também é percebido quanto à produção: só neste ano, a editora paraense já lançou 82 títulos. “As premiações, o interesse da imprensa e outras mídias e também a intensa produção dos autores são sinais de uma Literatura que está se expandindo e sendo absorvida pelo mercado editorial brasileiro. Esses movimentos juntos levam a essa evidência, a esse interesse do público”, pontua.

Marcos Samuel: boa fase da literatura paraense
📷 Marcos Samuel: boa fase da literatura paraense |Divulgação

A Folheando edita o livro de Marcos Samuel e também levará títulos paraenses ao grande evento livresco de São Paulo, com autores como o contista Anderson Araújo, com o livro “Manual Prático de Como Vestir um Pai Mortos”, a poeta Bia Chaves, com “Poesia no céu de Galilei”, e os romancistas Giu Yukari Murakami, com “Aprendiz de erveira”, e Toni Moraes, com “Morto não me serves de nada”.

Editora

A Folheando é a única paraense a participar da Bienal do Livro de 2024. Criada em 2017, em Belém do Pará, a editora já publicou mais de 500 títulos de autores de todo o Brasil, além de assumir a edição de dois dos romances do escritor paraense Dalcídio Jurandir (1909-1979): “Passagem dos inocentes” e “Belém do Grão Pará”, que será lançado em 2024. A editora visa a divulgação e promoção da literatura brasileira contemporânea, com publicações tradicionais, sem custos para os autores.

O paraense Douglas Oliveira, editor da Folheando
📷 O paraense Douglas Oliveira, editor da Folheando |Divulgação

Bienal

A 27° Bienal Internacional do Livro de São Paulo é realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizada pela RX. O evento ocorre entre os dias 6 e 15 de setembro de 2024, no Distrito Anhembi, em São Paulo. A iniciativa visa aproximar crianças e jovens ao universo dos livros, estimulando a criatividade, a imaginação, vocabulário, raciocínio lógico e pensamento crítico.

Giu Yukari Murakami, autora do romance "Aprendiz de erveira"
📷 Giu Yukari Murakami, autora do romance "Aprendiz de erveira" |Divulgação

O evento espera receber cerca de 120 mil crianças e adolescentes de 4 a 14 anos no programa de visitação escolar, no qual escolas Municipais, Estaduais e Particulares podem se cadastrar.

Toni Moraes, autor de "Morto não me serves de nada"
📷 Toni Moraes, autor de "Morto não me serves de nada" |Divulgação

Atualmente, há mais de 49 mil crianças inscritas e os visitantes vêm de diversos estados do Brasil, como Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo. O cadastramento no programa de visitação escolar dá direito a gratuidade. Além disso, é possível fazer uma visita escolar guiada ao evento.

Anderson Araújo, autor de "Manual Prático de Como Vestir um Pai Morto"
📷 Anderson Araújo, autor de "Manual Prático de Como Vestir um Pai Morto" |Divulgação

Onde encontrar livros de autor4es paraenses na Bienal de SP:

  • Estande H78, no Pavilhão de Exposição do Distrito Anhembi, na Av. Olavo Fontoura, 1209, em São Paulo.
Fonte: DOL  

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