A gaveta como instrumento de se guardar ou esquecer algo dentro dela
O tema do Desafio desta semana: "Histórias esquecidas numa gaveta", me motivou a contar uma história, usando a ficção, porém, buscando uma realidade que permeia o dia a dia de muita gente, que guarda objetos e os esquece dentro da gaveta. Eis aqui o meu dissertar, acompanhado da certificação!
Paulo Vasconcellos: Acadêmico Efetivo
Patrono: Bruno de Menezes
Cadeira nº 26
Cidade: Capanema – Pará
Evento: Desafio Quarta-Literária
Título: Roteiro esquecido na gaveta
Tema: Histórias esquecidas numa gaveta
Data: 27/11/2024
Roteiro esquecido na gaveta
As situações diversas nos permitem pensar antes de agir, entretanto, nem sempre isso acontece, porque as peripécias se apresentam, às vezes até de forma repentina, mesclando as alternativas que porventura, também surgirem.
Certa vez, um certo autor preparava o seu texto, para a peça teatral: “Gaveta de sonhos”, que ele montava o roteiro, esperando futuras apresentações.
O produtor da peça era o cidadão de nome Julião, que morava no estado da Bahia e parte do enredo da história, não estava com ele, uma vez que havia mudado de estado, a mais de 3.000 km de distância.
A moradia dele era uma propriedade rural que ficava literalmente dentro do mato e diante das dificuldades, o autor da peça começou a fazer algumas mudanças, pois estava prestes a ser inserido em um projeto cultural, cuja problemática era porque Julião, havia esquecido uma parte do texto na gaveta de sua escrivaninha, na Bahia e ficou deveras chateado com tudo isso, porém Usou como alternativa imediata, a inclusão de um ato, para especificamente destacar a gaveta.
O contexto da história é que as gavetas têm serventias múltiplas e coisas são guardadas nela, fadadas ao esquecimento, todavia, algumas recordações mantêm-se intactas no interior desses pequenos espaços.
A gaveta de Julião lhe rendeu muitas inspirações e no desenrolar da peça teatral, ela protagonizou a quebra de segredos e isso, notabilizou o autor, por sempre usar retóricas sobre casos acontecidos na vida real, no entanto, levados à ficção, destacando personagens que também referenciam a quantidade de alfarrábios deixados nela e por conseguinte, tornam-se objetos de histórias fantásticas.
As semelhanças entre o dissertar sobre quaisquer temas, são elementos primordiais que subsidiam autores e atores, sendo que cada um, tem algo a contar e na maioria das vezes, humoristicamente as gavetas fazem parte da contextualização.
As produções de Julião continuam na vanguarda, sendo que a gaveta ou as gavetas, passaram a ser os eixos das produções que ele compõe, motivo que lhe rendeu o apelido de “Jugaveta”, tornando-o um dos autores mais premiados e a coincidência de ter esquecido o texto na gaveta, rendeu-lhe premiações, mas a moral de cada episódio são figura que ele expõe no palco e além dos personagens da peça, alguns utensílios, todos eles, contendo gavetas.
Em Tempo - O narrador também é vítima, por ter esquecido algo em sua gaveta, mas o tempo há de lhe convencer, que o mais importante é a sabedoria, uma das armas do ser humano. A gaveta, as gavetas, muitas gavetas, são elementos que não podem ficar sem serventia!
Autor: Paulo Vasconcellos, escritor e poeta, integrante do grupo PCDV
Post a Comment