XI Semana do Quadrinho Nacional reúne artistas e leitores em Belém

 O evento gratuito é uma imersão no universo das HQs com oficinas, exposições e quadrinhos de todos os tipos

Foto: Divulgação
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Turma da Mônica, Mafalda, Homem-Aranha, Asterix — esses são alguns dos exemplos mais famosos de uma das artes literárias mais icônicas do mundo: as Histórias em Quadrinhos (HQs). Este gênero será celebrado em Belém a partir desta quinta-feira (24), durante a XI Semana do Quadrinho Nacional, uma programação gratuita que reunirá quadrinistas do Pará e de outras partes do Brasil em um só evento.

Realizada pela Fundação Cultural do Pará, a programação acontece entre os dias 24 e 26 de abril, em dois locais: a Biblioteca Pública Arthur Vianna, no Centur, e o Núcleo de Oficinas Curro Velho, localizado no bairro do Telégrafo. Além da exposição de quadrinhos, o evento contará com rodas de conversa, workshops, oficinas, feira geek e muito mais.

Nesta edição, a Semana do Quadrinho Nacional também integra o Circuito Amazônico de Quadrinhos, conectando eventos de HQs que ocorrem em Belém, Manaus, Macapá, Boa Vista e Palmas.

A ilustradora e quadrinista Tai faz parte da organização do evento, que, segundo ela, tem como objetivo promover um grande encontro e intercâmbio cultural entre quadrinistas e fãs de HQs.

“A gente tem um cenário muito forte de HQ no Brasil, especialmente no Pará, mas ainda existe pouca comunicação com o grande mercado de leitores. A Semana do Quadrinho Nacional permite uma conexão maior com o público local, e isso é importante porque grande parte das histórias feitas por nós são contadas a partir de um ponto de vista nortista, com temas que queremos compartilhar com o nosso público. É essencial que as pessoas se sintam representadas nessa rede que são as HQs. O público vai encontrar muitas obras de artistas paraenses”, destaca a artista.

Como ilustradora e quadrinista, Tai também explica as diferenças entre os estilos e destaca o que torna as HQs um gênero único de expressão artística.

“Na ilustração, a gente está preocupado em contar uma história estática — congelamos um momento no tempo e o transformamos em imagem. Já nas HQs, lidamos com a narrativa visual, como se fosse um filme: você congela várias cenas e a sequência delas conta uma história. Então há muitos elementos a considerar — a movimentação dos personagens, os balões de fala, a voz de cada personagem. São muitos pilares de construção que, ao meu ver, tornam a HQ mais complexa".

Fonte: O Liberal 

Texo: Bruno Menezes | Especial para O Liberal

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