A liberdade de expressão nas ruas de Capanema




P de Ponto, V de Vista 



O dia 19 de junho entra para a história de Capanema , como um dos passos importantes da democracia, quando parte da população se juntou e foi as ruas, motivada pelos manifestos que estão ocorrendo em várias cidades brasileiras. Cada pessoa interpreta do jeito que achar conveniente, mas a corrupção foi o alvo de combate em todos os manifestos que  permeiam  a cidadania como direito constitucional. Os jovens formaram a maioria nos manifestos de Capanema, provando que eles têm determinação e coragem de mostrarem insatisfações com atos pontuais sobre a política, principalmente os que se consideram traídos por promessas que não foram cumpridas. O desemprego, que também afeta Capanema, entra na lista das  principais prioridades, mas as oportunidades são mínimas e as necessidades são muitas. Dentro dessas pontuações, a administração municipal foi um dos alvos citados no manifesto, cabendo reparações no que foi planejado pelo atual governo, mas que ainda não houve resposta, entretanto, ainda há como mudar o  quadro, basta acionar o setor de planejamento.

Foto: Reprodução/Facebook/Matheus Sousa.


Os encorajados capanemenses, de forma ordeira, caminharam pelas ruas destinando palavras de ordem e o comportamento condiz com o que a população é reconhecida por manter sua conduta quando precisa se manifestar. O Hino Nacional, cantado em coro foi algo emocionante, tornando anda mais crescente o projeto de atitudes. A bandeira nacional, nas mãos de brasileiros e brasileiras, de todas as classes sociais, servia de escudo patriótico, simbolizando mais ainda o ato que eles se dispuseram a fazer. As observâncias limitam-se nas palavras de quem usou meios de comunicação nas ruas, cobrando mais ações dos governos, sendo que o Poder Executivo Municipal era mencionado em primeiro plano e as recomendações feitas em determinados momentos eram em tom de desabafo, mas ninguém saiu da linha. O Legislativo Municipal, também recebeu críticas a exemplo do Ministério Público, órgãos que lidam com os interesses da população. Nada de anormal, pois os agentes públicos precisam ter consciência de suas representatividades e diante de tantos agravos Brasil a fora, a ressonância é vista em todos os cantos.
O manifesto democrático em Capanema, pode até ter conotação política, todavia, o olhar crítico de cada cidadão, somava-se ao descontentamento com mecanismos que fazem funcionar as engrenagens, alguns apresentando defeitos que podem ser corrigidos com o passar do tempo, mas para isso, é necessária a junção da vontade com o compromisso. A experiência que as pessoas tiveram será adicionada aos resultados que o manifesto tenha obtido e as explicações são cabíveis a quem de direito, pois a Constituição Federal, em seu artigo 5º, permite ao cidadão, liberdade plena de expressão. Espero contudo, que não haja represália contra quem foi as ruas protestar contra atos considerados irregulares , pois isso é comum acontecer em comunidades de pequena área territorial e populacional. Cabe aos agentes políticos municiarem-se de reflexões para posteriores reações, pois o revanchismo não é a solução, principalmente quando se precisa de reforço no quesito evoluir.

Foto: Reprodução/Facebook/Matheus Sousa.


Ações como essas, do povo, são merecedoras de aplausos e a partir de então, podemos esperar mais atitudes de coragem de quem está com o nó na garganta e precisa desobstruir uma via que deve estar sempre livre. Lições são capazes de ajeitar algo que está fora do lugar e se prevalecer a condição de que a voz do povo é a voz de Deus, subsidiam-se parâmetros que envolvam a linha do entendimento com o fator consciência, favorecendo o povo do que ele mais precisa que é a liberdade de expressar seus sentimentos em manifestos ordeiros e pacíficos, como foi o de Capanema. Tudo o que aconteceu, na noite de quarta-feira, 19 de junho de 2013, faz parte de um contexto natural e quem se achar no direito de ficar magoado, que procure cicatrizar o leve ferimento com serenidade, porque esta é a melhor forma de convivência de qualquer comunidade, que crê em Deus e espera justiça social em tudo o que se dispõe a pleitear. A caminhada entra na estatística de que Capanema tem um povo que respeita os princípios da democracia e todos querem ter vez e voz, quando for ameaçado de cerceamento de seus atos. A liberdade do cidadão é semelhante a uma joia que precisa ser lapidada e conservada.  (PV).