Mostra coletiva de artistas de Vigia expõe fé e religiosidade do povo

 A galeria do 'Ponto de Cultura' da Semcult recebe obras dos pintores vigienses Wilkler Almeida, Antônio Coutinho, Gerson Pinto, Emanuel Souza e Marcos Pimentel

Divulgação

A fé e a religiosidade dos vigienses estão representadas na mostra de pinturas chamada “Santos Pintores de Vigia”. Nela estão as obras dos pintores vigienses Wilkler Almeida, Antônio Coutinho, Gerson Pinto, Emanuel Souza e Marcos Pimentel. A exposição inaugurada na sexta-feira, 10, ficará aberta até 22 de outubro.

A galeria do “Ponto de Cultura” da Semcult está localizada na Travessa Lauro Sodré, Nº 511, próxima à Rua Padre Aragão. Aberta ao público de segunda a sexta-feira nos horários de 9h às 12h, aos sábados e domingos das 16h às 20h. 

A exposição é uma realização da Secretaria Municipal de Cultura de Vigia (Semcult) com o propósito de valorizar os artistas locais, ao mesmo tempo em que fortalece a tradição da devoção nazarena em Vigia.

A religiosidade é um tema recorrente na história mundial em obras de grandes pintores. No município da região do salgado paraense a devoção paraense à Virgem de Nazaré está intrinsecamente ligada à história da cidade. Conforme registros dos Jesuítas de 1697, a devoção mariana em Vigia resultou na monumental Igreja da Mãe de Deus, de 1730.

Telas de Gerson Pinto na exposição 'Santos Pintores de Vigia'Telas de Gerson Pinto na exposição 'Santos Pintores de Vigia' (Divulgação)

“Santos Pintores da Vigia” reúne 12 obras dos cinco pintores. As telas vão de uma simples referência a “São Domingos Sávio”, de Marcos Pimentel, passam pelos ícones do Círio local - em "Terra abençoada”, de Wilkler Almeida, e no “Trípide” de Gerson Pinto, chegando às obras de Antonio Coutinho, inspiradas na Paixão de Cristo e na Virgem Maria, e por um comovente grafismo de Emanuel Souza.

Outra obra é “Sagrado Coração de Jesus” (óleo sobre madeira), de autoria de Nenê Pintor (Manoel do Espírito Santo Leal – 1920 /1975), pai de Coutinho, a peça é do acervo do município, representada ao público depois de restaurada pelo próprio filho do autor, já falecido.

“Essa pintura é o centro da exposição, embora a devoção nazarena, marcada pelos elementos do Círio, chame atenção na exposição, por estarmos vivenciando mais uma temporada da grande festa vigiense, embora nas ainda nas circunstâncias da pandemia. No conjunto, as obras são ‘divinas imagens’ criadas pelos nossos pintores”, acrescenta o secretário José Nélio Palheta.

A exposição tem instalações criadas coletivamente pela equipe da Secretaria, e executadas pelo artesão local Leônidas da Soledade Júnior são mantos de Nossa Senhora, a Corda do Círio, fitas coloridas e velas acesas. 









Texto e Imagens: O Liberal
Edição: Alek Brandão

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