Live cênica infantil começa temporada com contos e lendas da Amazônia



O projeto apresenta duas performances diferentes, com cada um dos personagens apresentando seu repertório de lendas.

As lives cênicas "Contos do Índio e da Floresta" começam temporada, neste final de semana, com histórias de humor, mistérios e de preservação do meio ambiente. O projeto apresenta duas performances diferentes, com cada um dos personagens apresentando seu repertório de lendas.  Matintaperera conta suas histórias aos sábados. Curupira apresenta-se ao vivo nas tardes de domingo. A primeira apresentação será neste domingo às 15h.
Já não é mais novidade que os artistas, principalmente do teatro, precisaram se reinventar para dar continuidade com suas produções. Diante disso, o paraense Claudio Marinho e  a paulistana Viviane Bernard resolveram criar as performances cênicas, as quais Claudio Marinho fez questão de explicar que não se trata de peças teatrais. "Esse trabalho que estamos apresentando se trata de um produto novo. Não é teatro, pois para ser teatro precisa ter o público. E como estamos nesse período de pandemia precisamos no readequar, pesquisar e criar estratégias para manter nossas produções. Esse produto é uma ferramenta nova que tem técnica de arte cênica, tem cenário, tem figurino e outros elementos similares para a construção da narrativa de um teatro, mas nesse caso não temos o público diretamente", destaca Claudio Marinho.
Neste trabalho Claudio faz o papel de Curupira e se apresenta aos domingos e Viviane interpreta a Matintaperera e se apresenta aos sábados. "É um trabalho de muita parceria pois enquanto ela está atuando eu sou o diretor e enquanto eu estou atuando ela é a diretora. Os dois trabalhos são independentes, mas que têm uma correlação. O público fica a vontade em assistir os dois trabalhos ou apenas um", acrescenta Claudio.
As performances
Matintaperera conta as histórias de Poré, o pai dos raios e trovões; o povo indígena caranguejo; Mãe d’ Água e a sua origem de índia guerreira; Querpimanha, a mãe dos sonhos; a Lenda do Milho; Curupira, o ser fantástico que protege a floresta; Mapinguari, monstro terrível da Amazônia; Arapaçu, o pássaro e a raiz mágica que abre portas.
Curupira, com seus pés virados para trás, aponta um caminho certeiro em que a preservação ambiental e da cultura indígena precisam ser tratadas com prioridade.
Curupira narra histórias de amor que explicam como surgiu a noite e como nasceu o rio Amazonas; conta também as histórias da Vitória-Régia, da Cobra Grande, do Acauã e do esperto sapo Arutsãm.
“Contos do Índio e da Floresta” não deriva de nenhuma peça teatral , os atores Claudio Marinho e Viviane Bernard pesquisaram os contos indígenas para costurar a narrativa das apresentações diante das câmeras. 
Viviane Bernard, além de atriz, criou os figurinos e o cenário, que é uma floresta feita na técnica patchwork. “O visual tem um aspecto rústico, artesanal, como se fosse costurado pelas vovós de antigamente. Por isso o espetáculo evoca a tradição, mas também abraça os recursos tecnológicos de luz e áudio para uma boa transmissão ao vivo. Mistura o tradicional com a novidade do momento”, observa Viviane.  

Ingressos 
Os ingressos custam R$ 10,00 por acesso e o link pode ser aberto em qualquer aparelho com acesso à internet e zoom instalado: tablet, computador, celular e até mesmo nas TVs e consoles de videogames - ainda com a possibilidade de espelhar conteúdos na TV. Cada link dá acesso a um IP, que pode ser compartilhado com todos que estiverem no mesmo local.
Como a cultura foi o setor mais impactado com a pandemia, a produção abriu vendas de ingressos solidários, a título de contribuição: o ingresso é o mesmo, tem as mesmas características. Contudo, tem custos maiores pois incluem o valor do ingresso e uma doação da família que quiser e puder contribuir com o projeto piloto e com os artistas que dele participam. As doações (já incluindo o valor do ingresso) podem ser nos valores de R$30,00 e R$100,00. Os valores são destinados aos profissionais envolvidos no projeto, todos autônomos e que perderam parte significativa das suas rendas formais durante o isolamento social.

Agende-se:
“Contos do Índio e da Floresta – Por Matintaperera” será apresentado de 03 de outubro a 28 de novembro, aos sábados, às 15h.
“Contos do Índio e da Floresta – Por Curupira” será apresentado de 04 de outubro a 29 de novembro, aos domingos, às 15h.
Venda e ingressos e acesso à transmissão: www.sympla.com.br/contosdoindioedafloresta
Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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