Cantor Mimo Moreira, o seresteiro de Capanema
No batismo ele recebeu o nome de Belmiro de Sousa Moreira, mas na intimidade familiar passou a ser chamado de “Mimo” e ao iniciar a sua carreira musical como intérprete, leva consigo o nome artístico de Mimo Moreira. A sua caminhada na música começou nos meados dos anos 70, quando participava dos shows de calouros no palco do Cini Pálaci, vencendo alguns deles.
A oportunidade de se tornar mais conhecido como intérprete, aconteceu quando a PRC5 – Rádio Clube do Pará, realizou em Capanema o programa “A sorte encontrou o seu endereço” e como “Mimo” era conhecido como o imitador de Waldick Soriano, pela semelhança na voz, chamava a atenção os moradores da cidade lotaram o espaço da praça da Tecefátima e aplaudiram o vencedor do concurso, “Mimo Moreira”. Ali começou a história do considerado cantor e nas noitadas da barraca da Santa na época do arraial, a presença de “Mimo” era constante. Nas suas apresentações, ele usava o chapéu de massa, semelhante ao usado por Waldick e dessa forma se apresentava em diversos eventos na Região.
A qualidade da voz e a escolha do repertório seresteiro, fizeram de “Mimo Moreira”, uma referência da música e o sonho de gravar um disco acompanhava o artista, assim como muitos outros. Foi então que a sua veia de compositor também entrou em ação, juntando-se a outros parceiros, dando a largada de um disco compacto de vinil. O projeto estava completo e as quatro músicas compostas, faltando apenas os ajustes melódicos, para a consolidação do sonho. Isto aconteceu no ano de 1978 e depois de idas e vindas a Belém, para o processo de gravação na extinta Erla com o auxílio luxuoso da conceituada Banda Sayonara. O assunto tomou conta da comunidade capanemense, entretanto o artista buscava recursos que subsidiassem o projeto, tendo encontrado a solução com o empresário Herbert Veríssimo, proprietário da loja RADISCO, que patrocinou a prensagem das cópias do disco, tornando-se em realidade o sonho do cantor.
O tempo passou e agora, aos 71 anos de idade, “Mimo” continua cantando e recebendo aplausos de seu público. Ao ser perguntado por alguns de seus amigos sobre a existência do compacto, “Mimo” sempre respondeu que não tem mais nenhum exemplar e espera alguém que tenha, faça-lhe doação. Baseados na retórica do cantor, um grupo de pessoas iniciou uma campanha nas redes sociais, fazendo uma força tarefa em busca de alguém que tenha o disco e possa, pelo menos emprestá-lo, para que o grupo copie as músicas e fotografe a capa. O professor Cássio Watanabe, comentou no post/facebook que encontrou o disco no acervo de seu avô Kei Watanabe, o saudoso João Brasil que era dono de uma aparelhagem sonora.
A resposta de Cássio animou o grupo e na manhã desta quarta-feira 1, aconteceu uma visita a “Mimo” em sua residência, quando a ele foi mostrado o tão desejado objeto, intitulado pelo radialista Frank Meneses como “Disco de ouro”. O momento foi marcante e ficou decidido na reunião, a realização de um show em tributo a “Mimo”, com data e local. a serem definidos. Estiveram presentes no encontro com “Mimo”, as seguintes pessoas que fazem parte da coordenação do evento: Samuel Alencar, Toinho Moreira, Arão Paz, Cássio Watanabe, Frank Menenses, Míster Bonde, Paulo Vasconcellos e Célia Lôla, sendo que outras pessoas serão convidadas para compor o grupo.
Infelizmente o professor Cássio não pode fazer a doação do disco, porque faz parte do acervo da família de seu avô e por essa razão, a campanha continua e quem tiver como doar o compacto à comissão, pode se manifestar.
Apoio – Academia Capanemense de Letras e Artes – ACLA, TV Mãe de Deus, Jornal de Capanema, Blog do PV, Página Trechos e Programa Improviso da Rádio Antena C.
Agradecimentos: TV Mãe de Deus - 18.1, nas pessoas de Emmanoel Nascimento e Jucivaldo Gomes.



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