Gastando a Bola - Editorial da Clube




A desvalorização do jogador “Prata da Casa’’
 
        Gastar altas cifras com jogadores chamados importados é uma cultura estabelecida no futebol paraense, que precisa ser revista sob novos métodos, para que os Clubes possam render melhor em suas jornadas, uma vez que estão sendo empregadas grandes quantias em dinheiro nas contratações de “bondes” que vem ao Pará somente fazer turismo. Podemos considerar essa, uma ação desrespeitosa de quem contrata por contratar, muitas vezes baseado apenas na fama do jogador ou até mesmo em imagens editadas somente com lances brilhantes, mostrando uma qualidade que não condiz com a realidade.
        Já estamos cansados de bater nas teclas para escrevermos e depois falarmos que os dirigentes dos clubes paraenses não sabem contratar jogadores de qualidade, entrando somos conscientes de que aqui funciona a famigerada gastança, que posteriormente será revertida em causas trabalhistas que venham onerar as condições financeiras, sendo que o resultado mais esperado é a tradicional “quebradeira”. Os pensamentos dos dirigentes precisam ser mais ajuizados e eles optarem pela solução caseira, que custa menor preço e é patrimônio qualificado. Para clarear as idéias dos dirigentes, estamos nos referindo aos jogadores paraenses, formados nas categorias de bases dos clubes, que nem sempre são aproveitados por aqui e quando se desperta, o jovem já está seguindo carreira em outros centros.
        Esse assunto pode até ser considerado repetitivo, entretanto, como temos a missão de oferecer idéias e sugestões, nada mais justo do que folhearmos nossos blocos de anotações, retroagindo uma retórica que poderia ser mais evidente e então, os clubes investirem valores considerados baixos, nos jogadores que estão “sobrando” no futebol e precisam ser mais valorizados. Como insistir, pode ter significado redundante, continuamos com o nosso ponto de vista e o sinal de alerta ligado, colocado frontalmente aos olhares dos dirigentes que se fazem de desentendidos. Paciência tem limite!!!


O autor é cronista esportivo, militante na imprensa de Capanema