Dia do artista plástico: o poder de transformar a sensibilidade em objetos

 Dia 8 de maio é o dia do artista plástico e o Pará obtém um celeiro de produtores desse ramo da arte

O Liberal/ Carmem Helena
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Transformar as percepções dos sentidos em uma obra é um artifício mágico e detentor dos artistas plásticos. Dia 8 de maio é o dia do artista plástico e o Pará obtém um celeiro de produtores desse ramo da arte. Artistas como Emmanuel Nassar e Marinaldo Santos já possuem uma longa trajetória e levam o Pará por meio de suas obras para vários cantos do Brasil e mundo.

Emmanuel Nassar diz que com o tempo foi descobrindo que fazia arte. Ele chegou a fazer o primeiro ano de engenharia quando teve as primeiras revelações. "Mudei para Arquitetura, publicidade. Hoje, eu digo que Arte é o exercício ilegal de todas as profissões", destaca o artista. Para saber mais sobre a rotina do artista é só acompanhar pelo instagram @emmanuelnassar.

Durante a trajetória já utilizou de diversas linguagens, técnicas e referências. "Todas elas vêm da experiência prática e mental. A gente vai juntando o que eleger como relevante", acrescenta. Atualmente, o artista vem produzindo pinturas, principalmente. Mas elas podem estar sobre telas, madeira, chapas metálicas ou em apropriações de materiais já pintados.


Sobre a importância de ser um artista plástico, Emmanuel acredita que há um propósito, uma espécie de programa que já veio instalado. "E eu estou aqui para fazer funcionar. Cumpro tarefas", pontua.

O maior prêmio do VIII Salão Arte Pará foi para o paraense Marinaldo Santos pelo conjunto de obras que apresentou e que refletiram não apenas a simplicidade de um trabalho bonito e bem feito, mas a competência de transformar coisas simples, como mesas e cadeiras, em obras de arte.

Marinaldo é autodidata e disse que nunca pensou em ser artista, ele diz que a arte foi tomando conta de sua vida. “As coisas foram acontecendo na minha vida de forma natural. Hoje eu vivo da minha arte, seja dando aula ou produzindo minhas obras”, disse o artista.

Para o artista, a questão da sensibilidade ocorre para todos, mas se tratando de uma questão pessoal ele diz que atravessa diante do olhar, do observar, de viver o dia a dia, de vagar por diferentes ambientes. “Todas essas vivências eu tento transportar para o meu trabalho, pois essas informações chegam até a mim e eu transformo nas minhas produções”, pontua.


Com relação a influência da Amazônia em sua arte, Marinaldo afirma que ela é presente, porém ela não aparece apenas de forma pontual e exaltando apenas a fauna e flora, ele diz que se trata de uma influência ampla, a qual o artista tenta imprimir o cotidiano da vida na Amazônia.

Marinaldo é artista plástico, pintor e desenhista. Ele começou a trabalhar com arte nos anos 80 e é reconhecido pela reutilização de materiais em suas obras, evidenciando referências ligadas à cultura popular e urbana de Belém.

Marinaldo Santos nasceu em Belém em 1961. Em 1987 começou a realizar exposições individuais e coletivas pelo Brasil e outros países. Já participou de exposições em São Paulo, Bahia, Belo Horizonte e entre outros estados.

Fora do país expôs na Alemanha, Miami, Holanda e França. No salão Arte Pará já foi o primeiro lugar três vezes e entre 1986 e 1995 recebeu prêmio de aquisição. Também já participou do salão da UNAMA de pequenos formados. já foi selecionado no salão da Bahia por quatro vezes consecutivas. Participou do salão Nacional de Goiânia 2001 - 2003.


Fonte: O Liberal

Texto: Bruna Lima 

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