Artistas paraenses trazem exposição "Meu Lugar Sagrado"

 Exposição estará disponível gratuitamente para o público a partir deste domingo (1)

Divulgação Jocatos
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A riqueza espiritual e cultural da Amazônia estará presente na Exposição Coletiva "Meu Lugar Sagrado" que abre para a partir do próximo domingo, do dia 1 de outubro, para mostrar as conexões profundas entre a fé, a arte e a identidade de quatro artistas paraenses. Os artistas compartilham pela primeira vez as interpretações pessoais sobre o conceito de ‘lugar sagrado’. Dentre os artistas que estarão na exposição estão Jocatos, Petchó Silveira, Dannoelly Cardoso e Andsanttos.

Os visitantes da exposição serão imersos em um ambiente que combina arte contemporânea com elementos da cultura amazônica. A vernissagem ocorrerá de 9h30 às 18h durante o Circular Cidade Velha com entrada gratuita no Teatro Popular Nazareno Tourinho, localizado na Praça do Carmo, Nº 48, Cidade Velha, em Belém.

Durante o restante do mês, até o dia 31, a exposição estará aberta de terça à sábado, em dois horários, das 9h às 12h, e das 14h às 17h, com entrada franca. A partir de 40 obras, sendo dez de cada artista, o público será convidado a refletir sobre as próprias interpretações do sagrado e a explorar a diversidade de perspectivas apresentadas.


O curador Dudu Neves informa que a ideia do evento surgiu por trabalhar com os quatro artistas e o grupo ter a vontade de realizar uma exposição coletiva. “Uma vez nós nos encontramos e pensamos vamos fazer uma exposição coletiva, vamos pensar e fazer o que podemos desenhar para poder fazer algo em comum. As obras têm que conversar, tem que ter uma linha, e conversamos que o Círio estava chegando próximo. Falamos que talvez pudéssemos trabalhar da seguinte forma, já que cada um tem um lugar sagrado, onde o sagrado pode não ser do sacro, mas o lugar onde melhor retrata a sua obra”, detalhou.

Jocatos tem como lugar sagrado no mundo da arte, onde ele explora o sagrado e o divino em seus desenhos, gravuras e esculturas. Ele convida os espectadores a uma jornada espiritual através de criações, mergulhando nos conceitos mais profundos da arte moderna e contemporânea. Obras portadoras de significados que acolhem e instigam novas descobertas e perspectivas de conceitos.

Já Petchó Silveira tem a concepção através de pinturas que abordam o corpo periférico dando voz às minorias e contra todo tipo de preconceito. Petchó é um observador atento das questões sociais, retratando nas obras as mazelas do racismo, preconceito e violência chamando à reflexão e à ação em prol da justiça social.

Andsanttos é um conhecido artista com pinturas que retratam a religiosidade e as manifestações da cultura popular. Ele celebra a riqueza das tradições e costumes regionais da Amazônia em obras que possuem o estilo intitulado "Odivelismo" na tentativa de capturar o imaginário das manifestações populares, trazendo à vida a essência da cultura amazônica.


E Dannoelly Cardoso tem como lugar sagrado a relação intrínseca dos indígenas com as águas da floresta amazônica. Ela retrata a relação especial entre os povos indígenas e as águas da Amazônia em sua série "Deságua".

“Penso que é uma exposição com esse sentido ressignificado que pode trazer para os visitantes da obra uma experiência imersiva. Ali dentro são quatro visões de mundo diferente do significado do sagrado. Ela vai tocar no inconsciente coletivo dos visitantes, porque eu também tenho o meu local de trabalho ‘sagrado’. Cada um tem o seu local ‘sagrado’. O que produzes depois de pronto é sagrado. Esse é um grande convite para que as pessoas ressignifiquem as próprias interpretações do sagrado”, destacou o curador.


Fonte: O Liberal 

Texto: Vito Gemaque

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