Morte de Magno, de 'Amor, Amor': músico Felipe Cordeiro fala de legado para o brega paraense

 Segundo o músico, a trajetória do cantor, que era nordestino, conta com muitas gravações com artistas e músicos paraenses

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Famoso pelo brega marcante “Amor, Amor”, o cantor Magno, que faleceu neste sábado (30) aos 69 anos, em Fortaleza (CE), é considerado um dos maiores artistas da década de 1980. Também cantor, Felipe Cordeiro relembra a convivência com o músico por influência de seu pai, Manoel Cordeiro, e fala sobre o legado deixado por ele.


“O Magno foi amigo da minha família, amigo pessoal meu, do meu pai e do meu tio. Cresci ouvindo meu pai, Manoel Cordeiro, e meu tio Barata gravando com ele, farreando com ele, contando história. Eu mesmo, depois de adulto, tive a oportunidade de encontrar o Magno algumas vezes em Fortaleza”, lembra.

Segundo ele, a trajetória do cantor, que era nordestino, conta com muitas gravações com artistas e músicos paraenses. A própria música “Amor, Amor” foi produzida com a família de Felipe: o pai no teclado e o tio na guitarra; assim como outros clássicos. Na opinião de Cordeiro, são canções que marcaram e definiram o brega paraense da primeira geração, incluindo de outros cantores, como “O Pôr do Sol” (Ted Max), “Minha Amiga” (Mauro Cotta) e “Eu Te Amo Meu Amor” (Frankito Lopes).


“É com essas canções que o brega paraense toma uma cara e se desprende das outras músicas românticas que se faziam no resto do Brasil. Naquela cena pós-jovem guarda, se espalhou por todo o Brasil, mas no Pará, nos anos 80, com esses artistas, Magno, Ivan Peter, Frankito Lopes, Mauro Cota, Ted Max, Francis Dalva, Mirian Cunha, tomou uma forma, uma cara e começou a história do brega no Pará para valer. Tinha alguns antecedentes, mas foi essa turma, esse contexto dos anos 80 que forjou a cara do brega paraense”, opina.

Um dos mais lindos bregas de todos os tempos, para Felipe, “Amor, Amor” representa a grandeza de Magno como cantor e compositor. “Vai deixar muitas saudades e esse legado forte para a música brega paraense, nortista, nordestina”.

Trajetória

Morando em Fortaleza por mais de 15 anos, o artista já estava realizando poucos shows, mas nunca deixou de cantar. Magno tinha forte ligação com o Pará, onde marcou gerações nos anos 1980.

Magno chegou a se apresentar com nomes importantes da música brasileira, como a dupla Leandro e Leonardo, Waldick Soriano, Claúdia Barroso, Odair José e Evaldo Gouveia. No Pará, o cantor ficou conhecido por ser o autor da canção “Amor, Amor”, gravada em 1986. Durante entrevista, realizada três anos atrás, ele revelou que o single teve a participação de músicos paraenses. 

Segundo ele, a ideia era fazer conhecido o ritmo paraense por todo o país. “O swing paraense, o pessoal do Sul não fazia, então a gravadora levou os músicos daqui”, relembrou. Em Belém, ele chegou a cantar com a banda Sayonara, marcando sua primeira apresentação no Pará.

As primeiras informações sobre a morte, do Blog do Eliomar, são de que o artista estava internado há alguns meses no Hospital Geral da cidade tratando consequências de um AVC hemorrágico.


Fonto: O Liberal 



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