Navegando sob os impulsos da criatividade
As marcas fazem efeitos positivos ou até negativos, conforme cada caso, porém, o sincronismo surge como base de sustentação, para que as ondas fiquem brandas e o sol aqueça, fortalecendo a singularidade da poética. O Desafio da AVAL de quarta-feira, 19, exigiu dos autores, empenho em suas criações e assim, o brilhantismo foi mostrado nas composições certificadas com merecimentos. Aqui está o meu dissertar, fruto das inspirações concedidas por Deus, como bem comentou a poetamiga Conceição Maciel, no grudo da aludida entidade de classe da Literatura!
Paulo Vasconcellos: Acadêmico Efetivo
Patrono: Bruno de Menezes
Cadeira nº 26
Cidade: Capanema – Pará
Evento: Desafio Quarta-Literária
Tema: Um barco a deriva
Data: 19/2/2025
Navegador desapontado
A minha narrativa se refere a uma aventura que me causou ansiedade e alguns percalços, porém, como existem alternativas para que esses entraves sejam solucionados, tive que aderir ao plano B.
A propósito, sou morador de uma região ribeirinha ladeada por grandes rios, onde os meios de transportes usados são pequenas e médias embarcações.
O dia a dia, me reserva tempo para singrar os rios em meu barco que batizei de “Príncipe da Paz”, pelo fato de navegar com segurança e tranquilidade, sempre.
Transcorria o forte inverno e com ele as tempestades, fazendo com que, minhas viagens fossem mais demoradas e certa vez, não consegui controlar meu barco que rodopiou ao acaso, oferecendo muito perigo e tive que usar toda a perícia de bom timoneiro para evitar uma tragédia.
Os outros barcos de maior envergadura, navegavam com tranquilidade, mesmo com a chuva e vento fortes.
A situação agravava-se e não encontrei outra saída, a não ser abandonar o “Príncipe da Paz” e me refugiar em outra embarcação, que era navegada por um dos meus amigos.
Ao abandonar meu barco, senti uma dor no coração, pois tinha a certeza de que ele naufragaria, não ia demorar e todos os meus pertences que estavam no interior dele, foram para o fundo do rio.
Enfim: mesmo que eu tivesse habilidade, tornava-se inevitável a perda e a única opção, foi lamentar e arcar com o prejuízo, restando a saudade do meu meio transporte que me levava aos lugares que desejava; todavia, sempre navegar com segurança e mesmo assim, fui traído pela força da natureza: coisas de Deus!
Autor: Paulo Vasconcellos, escritor e poeta, integrante do grupo PCDV
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