Minha participação nas comemorações do aniversário de 8 anos da AVAL - Parte 4
A minha inspiração foi aguçada e a imagem publicada pela Direção, me fez viajar no tempo e descrever, sobre uma casinha branca, construída no meio do nada, mas bem perto de tudo!
Academia Virtual de Arte Literária - AVAL
Paulo Vasconcellos: Acadêmico Efetivo, Imortal e Delegado Cultural
Patrono: Bruno de Menezes
Cadeira nº 26
Cidade: Capanema – Pará
Tema: Imagem inspiradora - Aniversário de 8 anos da AVAL
Título: Casinha branca
Data: 06/08/2025
Casinha branca
A se saber: quisera eu, ter a minha própria casa, nem que ela fosse distante do centro urbano, mas que tivesse um lugar todinho meu, para eu compor as minhas poesias.
Imagino o cheiro do campo, a relva molhada, a varanda com os ganchos, para eu armar a minha rede e descansar.
Ao seguir caminho a fora, deparei-me com uma casa e nela não morava ninguém e então, senti-me dono e no interior dela, arrumei os meus pertences, para fixar moradia.
As paredes me diziam algo, como se tivesse faltando alguma coisa no interior da casa, porém, resolvi pegar o meu caderno e escrever um texto correspondente àquele momento.
A chuva caía e as goteiras que haviam no telhado, mancharam a folha do caderno, onde eu fiz a minha escrita, motivo de frustação, pois apagou a minha lembrança e não consegui construir novamente.
O passar do tempo e o retrato daquela acomodação, causaram-me recordações e voltando ao tempo, lembrei-me da casinha branca construída por meus pais, no interior do meu interior, razão pela qual, a inspiração se manifestou novamente e outros rumos foram tomados.
A minha satisfação era imensa e comecei a procurar por vizinhos, sendo que o mais próximo, morava a uma distância de dois quilômetros e quando o abordei sobre de quem seria a casa a qual me apossei; a resposta foi: “Lá é um lugar mal-assombrado e por isso, não tem morador”, ressaltou o vizinho.
A partir da informação feita pelo vizinho, fiquei preocupado, todavia, não esmoreci e continuei morando na casa, cuidando da vaca que ficava no quintal, além de plantar alguns legumes para o meu sustento, afinal de contas, sou um pensador solitário, que vive a vida, sem a preocupação do que possa acontecer mais a diante.
Por fim, usufrui a tranquilidade do local e nunca me deparei com qualquer tipo de movimento de mal assombração, a não ser a vaca mugindo e andando de um lado para o outro, muitas vezes, quebrando galhos apodrecidos que estavam no chão.
Moral da história – O silêncio no local, era quebrado, pelo balançar dos galhos das árvores e mais nada!
**Direitos reservados ao autor: Paulo Vasconcellos.
Autor: Paulo Vasconcellos, escritor e poeta, integrante do grupo PCDV


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