O desabafo do poeta ao usar a sua sensibilidade



A poesia nos remete à declarações que consideramos viáveis e o dissertar de cada um, propõe encantos e até desencantos. O poeta Samuel Alencar da Silva (foto), paraense de Belém, residente na cidade de Capanema/PA, trata a poesia com zelo e persuasão, uma vez que ele põe em prática o seu poetar com veemência. Abaixo,  publico o texto poético, com os direitos reservados ao autor! 


SENTIMENTOS E EMOÇÕES DO POETA ( Desabafo)


A saudade, a tristeza, a melancolia, a decepção, a ilusão e também as desilusões; são sentimentos  que insistem em me acompanhar nas criações das minhas poesias e em outras composições de textos. Nas minhas obras, eu gostaria imensamente de falar sobre flores, falar dos jardins e suas borboletas sugando o néctar das espécies; seria louvável eu falar das primaveras que molduram embelezando os parques e campos; queria  muitíssimo falar do pôr Sol que eu considero o fenômeno mais lindo da natureza; seria bom eu falar da Lua, de uma constelação de estrelas, das estrelas cadentes, das chuvas que ultimamente caem todos os dias; mas não é o dia todo.

Todas essas coisas bonitas e agradáveis da natureza que bem poderiam ilustrar e dar mais lustre nos meus poemas,  surgem raramente quando estou compondo; portanto logo que pego a caneta e começo escrever o meu texto poético, imediatamente, lá vem a danada da saudade (alguém já disse numa música que ela amarga como jiló), ela chega sem pedir permissão, se atravessa no meu caminho e se instala logo no recôncavo do meu  coração; e ela  sempre vem de mãos dadas com a tristeza e a melancolia. Os olhos marejam, o coração se encolhe, e logo as lágrimas caem borrando as palavras escritas. 

      Eu me afasto da saudade, e procuro uma nova ilusão, ela vem fantasiada de esperança dissimulando ser a salvação de um carcomido coração;  porém logo em seguida chega a decepção, esta vem logo acompanhada da desilusão, destarte, portanto, todavia, minha nova poesia está eivada de frustração. 

     Mais uma vez desprezei o meu cérebro para atender a agonia do meu fracassado coração.


Belém do Pará, às 20:00h do dia 15 de agosto de 2025. Salencar.

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