COLUNAS E COLUNISTAS - A Opinião de Carlos Ferreira
E agora? Robinho ou Thiago Potiguar? Ou os dois?
Na cabeça do técnico, Robinho ou Thiago Potiguar
Espontaneamente, em entrevista, Roberto Fernandes conduziu uma resposta para fazer entender que Robinho e Thiago Potiguar são concorrentes diretos por uma camisa no time bicolor. Disse que Robinho está na vantagem pelo pleno ritmo de jogo, enquanto Thiago Potiguar está se readaptando depois da passagem pelo futebol chinês.
Robinho não só está na plenitude como mostrou personalidade para jogar no Papão, mantendo a dinâmica e a ousadia que o caracterizaram no campeonato estadual com a camisa do Cametá. Mesma personalidade que Thiago Potiguar mostrou quando veio do modesto Potiguar de Currais Novos/RN para o Paysandu. Acima do comparativo está outra questão. Por que não os dois juntos? Robinho está se impondo como peça necessária no meio de campo. Thiago Potiguar (em forma!) seria igualmente necessário para o ataque, como foi em 2010 sob comando de Charles Guerreiro. Mas Roberto Fernandes já passa impressão de ter argumentos pré-concebidos quando fala sobre Thiago Potiguar.
Leandro Camilo é questão de tempo
A entrada de Leandro Camilo na zaga do Paysandu parece ser apenas uma questão de tempo, até o atleta melhorar as condições físicas. Roberto Fernandes aponta claramente para essa tendência pelo que já observou do zagueiro. Leandro Camilo é valente, seguro, identificado com a torcida e tem liderança. Tudo indica que os demais zagueiros vão disputar vaga para formar a dupla ou até mesmo um trio de zaga com ele.
Roberto Fernandes já manifestou a intenção de compor o time bicolor no sistema 3-5-2 para melhor aproveitamento da ofensividade de Sidny e Fábio Gaúcho como alas. Como seria mais difícil entrosar o time com três zagueiros, está preferindo utilizar um volante recuado para manter a sobra da zaga nos avanços dos dois laterais. Uma simplificação coerente! Mais adiante, porém, deve investir na figura do terceiro zagueiro, provavelmente com Leandro Camilo no papel de líbero. Vejamos.
Apostas em prêmio lotérico para salvar o Leão
Aldebaro Klautau, Ubirajara Salgado, Ronaldo Passarinho, Djalma Chaves, Ulisses Oliveira, Roberto Porto, Manoel Ribeiro, João Santos e outros importantes remistas estão unidos em apostas coletivas na Mega Sena, Dupla Sena, Lotofácil, Quina, Lotomania e Timemania. Há um compromisso no grupo de destinar ao Remo metade do prêmio que vier a ganhar. E até já houve um prêmio, no final do ano passado. O grupo fez a quadra e ganhou pouco mais de R$ 1 mil, aplicado em outras apostas.
Como explica o idealizador Aldebaro Klautau, essas apostas coletivas em benefício do Remo não são ininterruptas. O grupo é mobilizado nos prêmios acumulados, e o valor de cada contribuição também é variável, para direitos proporcionais. As apostas são do grupo porque o clube, como qualquer pessoa jurídica, é legalmente impedido de apostar. Essa investida pode até inspirar gozações. Mas antes de qualquer sarro, vale a lembrança do que aconteceu na década de 60. O Remo tinha uma aposta na loteria estadual, que pagava altos prêmios, sempre na milhar 4057 (número do telefone do clube). Era um serviço de Aldebaro Klautau. Ao saber, em 1964, o então tesoureiro Coaraci Cruz determinou a suspensão das apostas. Duas semanas depois o número foi sorteado e o Remo perdeu um expressivo prêmio, para desespero do então presidente Rainero Maroja.
Uma questão de sorte ou de competência?
Metade de um prêmio lotérico poderia ajudar muito, mas a redenção técnica, moral e econômico-financeira do Remo é uma questão de competência. O primeiro passo pode estar sendo dado pelo presidente Sérgio Cabeça com o projeto de um time que o clube possa pagar para 2012. O tempo vai dizer se o projeto é pra valer ou pra inglês ver. O fato é que para tornar o clube competente o presidente terá que vencer as forças retrógradas da maioria.
O Remo é um paciente que insiste em combater seu câncer (dívida) com pequenas doses de remédio caseiro, como os acordos na Justiça Trabalhista que este mês vão consumir mais de 70% da receita. (Confira detalhes nas Baixinhas). O presidente Sergio Cabeça aposta alto na negociação de parceria na exploração da área do Carrossel, em negociações que se arrastam há seis meses, e num plano de marketing de uma empresa que se propõe a ser parceira do clube. São possibilidades tímidas demais para um quadro tão crítico, de gravíssima asfixia financeira e desmoralização no mercado.
Fonte: Portal ORM
Post a Comment