A essência da poesia traduzida em singela obra

P de ponto , V de vista  - Por Paulo Vasconcellos


Faz muito tempo que eu estava planejando escrever um livro com um conteúdo diversificado para mostrar meu trabalho, assim como fizeram outros autores capanemenses. Estou tornando público aquilo que consegui buscar em minha memória para transformar em obra. Modéstia à parte; considero-me um estudioso ou mesmo um pesquisador. Tenho certeza absoluta de que o público não aplaude aquilo que não gosta. Portanto, ao apresentar esta obra contendo minhas poesias, peço aplausos. Não para mim, em especial, mas para um segmento que tem muito, a se expandir, como é o caso da literatura. Para ser um escritor é preciso muita luta, uma vez que existem dois fatores preponderantes para a subsistência de uma obra: o público e o crítico. O público que sustenta a obra e o crítico que julga, o público que compra um livro para aprender, e o crítico, que exige que o livro sustente às suas idéias e pense justamente como ele, crítico. Érico Veríssimo dizia que o escritor deve acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade do seu mundo, evitando que acima dele caia a escuridão. É óbvio que a oportunidade de ser conhecido, lido e de fazer amigos através de qualquer tipo de escrita é muito agradável e eu já estou inserido nessa integração, pois escrevo poesias, algumas já publicadas. Em relação a julgar meus próprios méritos por tudo aquilo que escrevo, tiro a conclusão de que agrado em certo ponto, porque recebo cumprimentos. Procuro temas importantes e atuais para mostrar um trabalho bem-feito, quando possível. Eu escrevo à mão ou ao computador, mas já escrevi muito à máquina de datilografia. À mão, quando o texto é mais difícil e requer pesquisas. Aí então analiso e pego depois para levar ao computador para digitar, ler, reler e fazer as emendas, se necessárias e até mudar parte dos textos. Para não ficar com remorso, após a revisão, rasgo os rascunhos e jogo no lixo.
Nem sempre escrevo de improviso, mas quando uso esse meio, procuro explicitar uma linguagem fácil para não fugir do assunto. A mão vai correndo e o texto vai saindo. Quando uso personagens, todos partem sempre de alguém. Escolho os personagens fictícios e também conto os casos da vida real, quando, logicamente, tenho uma idéia que vai surgindo na minha cabeça através da imaginação fértil. Aí então, começo a escrever e o assunto sendo sequenciado e se desenvolvendo, e de repente, a coisa está feita. Às vezes me assusto e penso até que não fui eu quem fez a escrita. Minha escrita é centralizada em assuntos éticos que vão de acontecimentos até um romance dotado de ficção. Qual a importância do primeiro livro que se edita? Essa pergunta é bastante corriqueira e me lembra de diversos pontos do dia-a-dia militando na imprensa local. Parece que a literatura está se tornando cada vez mais perfeita. Isso me anima, me encoraja ainda mais para entrar no ramo, definitivamente. Mas, para que eu permaneça no meio literário é preciso que minhas obras se tornem multiplicadas, porque em literatura, teoria constituída é teoria por terra. A obra em projeto ou crescimento precisa ser de qualidade para poder emplacar. E assim é que está certo. Categoricamente, minha preocupação maior é saber se o que escrevo causa algum tipo de impacto. Particularmente, já fiz esse teste e senti o termômetro oscilar ao me mostrar uma medida quase exata. Somados os prós e subtraídos os contras, acho que vale a pena colocar meu trabalho a apreciação dos caros leitores. Meu futuro como escritor depende da qualidade das obras aqui apresentadas e a aprovação do público. Sendo assim, julguem-me, Leiam minhas obras e aprovem se puderem!


Em tempo – Guardei este texto por vários anos e esperei o momento certo para torná-lo público. As palavras aqui contidas representam a síntese de uma obra projetada e que agora está materializada no livro “Poetando”, recentemente lançado. Que as boas novas da literatura se encarreguem de fertilizar as mentes de quem escreve com prazer e sabedoria (PV).