Talento: Exposição tem recorte pessoal

Seleção das obras contou com a parceria de Camila Siqueira e Guilherme Coelho

Exposição “Sideral” tem a cor como elemento central no trabalho de Luiz Braga

A mostra “Sideral”, do fotógrafo Luiz Braga, que será aberta hoje na Galeria Leme, em São Paulo, é um pequeno recorte de sua imensa produção. Sem curadoria, Braga revela que o novo trabalho é mais sereno, singelo e focado na cor, elemento que, segundo ele, o tornou conhecido no panorama da arte brasileira. Sem preocupação com um conceito específico, ele explica a etapa de criação de Sideral por meio das suas relações com pessoas queridas que influenciaram o trabalho. “Essa ideia surgiu na verdade de uma espécie de conspiração”, avalia. O próprio Luiz e a diretora da galeria, Camila Siqueira, que estuda e comercializa a obra dele há algum tempo, foram os responsáveis pela triagem do material. 

Ela, que nunca tinha visitado Belém, foi instigada por Guilherme Coelho, diretor do filme “Órfãos do Eldorado” (2015, adaptação do livro de Milton Hatoum), a conhecer a capital paraense. E Camila veio. Em março deste ano, ela, junto com Luiz Braga, conheceu um pouco da cidade que o paraense tanto retrata em suas obras e aproveitou para montar a exposição. “Passamos alguns dias dentro do estúdio escolhendo imagens que pudessem ser uma referência a esse universo da cor. Então, surgiu a exposição. Escolhida por mim e por ela. Foi algo mais simples, que veio a partir de imagens que representam o meu trabalho em cor”, lembra ele.

Ainda sob o impacto da primeira visita, Camila convidou Guilherme Coelho para completar o trabalho. O diretor é autor do texto que descreve de forma poética e encantadora Sideral. 

Edição: roberto Lisboa

Fonte: O Liberal