Projeto 'Pirão Tropeiro' promove oficinas gratuitas e on-line

 As aulas promovem o encontro da cultura gastronômica sampa-amazônica.

Divulgação

“Pirão Tropeiro: o encontro da culinária caipira com a cabocla” é tema do projeto de oficinas de culinária que serão ministradas pelas paraenses Úrsula Ferro e Patricia Lio, a partir desta quarta-feira, 7, até o próximo dia 5 de maio, em formato gratuito e on-line. “Pirão Tropeiro” promove o encontro de ingredientes da Amazônia com a culinária da Paulistânia, região de gastronomia caipira originada das culturas guarani e portuguesa.

O termo Paulistânia vem da região que corresponde ao leste de Minas Gerais até o Mato Grosso, de Jalapão, Tocantins e Goiás até Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul, passando pelo que é hoje o estado de São Paulo (na época, Capitania de São Paulo criada em 1720). A gastronomia do lugar é evidenciada pelo milho, mandioca e o uso diversificado de hortaliças.

O projeto “Pirão Tropeiro” trata de ingredientes, da elaboração de pratos, de memórias e histórias de vivências alimentares da Amazônia e de São Paulo, além de abordar o dinâmico processo histórico-cultural que define esses modelos alimentares, falar de sustentabilidade, diversidade e de sabores.

Oficinas e Inscrições

O curso consiste de cinco oficinas, todas gratuitas, que terão uma aula por semana com duração de 2h30 cada que serão transmitidas ao vivo pela plataforma Zoom. Cada oficina vai abordar um ingrediente diferente: nesta quarta-feira, 7, será amendoim; no dia 14, milho; no dia 21, banana; no dia 28 de abril, mandioca; e em cinco de maio, feijão.

Durante as aulas, Úrsula e Patricia vão falar sobre a história dos alimentos, como esses alimentos são consumidos em diversas regiões do Brasil, tirar dúvidas dos participantes e apresentar diversas receitas.

As inscrições vão ser on-line através do preenchimento de um formulário disponível aqui e também na bio dos perfis do Instagram @ayacomidas e @conversaverde.

Além das aulas pela internet, o participante também vai receber um e-book detalhado como material de apoio sobre o curso.

O projeto tem apoio da Lei Aldir Blanc, por meio da Prefeitura de São Paulo e do governo federal.

Ministrantes

Úrsula Ferro é natural de Belém. Cresceu entre os sabores das frutas regionais, das comidas típicas e dos temperos amazônicos. Deixou a carreira de jornalista para mergulhar numa jornada de pesquisa da culinária nativa, culturas e vivências espirituais em aldeias acreanas. Renasceu em uma aldeia do povo Yawanawá, “rebatizada” de Ayá. Há cinco anos residindo em São Paulo, especializou-se em leites, pães, queijos, sobremesas e culinária viva. Tudo feito somente com vegetais. Ela também produz a culinária amazônica sem ingredientes de origem animal.

Já Patrícia Lio Educadora é chef, cozinheira e consultora de cardápio vegano, além de especialista em História e Cultura da Gastronomia e defensora dos direitos dos animais e do meio ambiente. Ela propõe reflexões na cozinha, sobre os impactos alimentares na saúde e na natureza. Há seis anos, a alimentação se transformou em um propósito consciente de saúde, afeto e trocas sustentáveis.



Edição: Alek Brandão
Fonte: O Liberal (texto e imagem).

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