Festival de Carimbó de Parauapebas tem programação gratuita até domingo, 16

 Festival on-line promove oficinas, encontros de mestres e shows do gênero genuinamente paraense

Divulgação

O município de Parauapebas é o ponto de partida de batidas de carimbó que ecoam por toda a internet até o dia 16 de maio. O Zimba Carajás - II Festival de Carimbó de Parauapebas, oferece uma programação totalmente on-line e gratuita, transmitida pela página do Ponto de Cultura Zimba Carajás no Facebook.

O evento, que iniciou na segunda-feira (10) com uma programação de cinema, segue até o domingo com programações que vão desde oficinas, até uma série de shows de diferentes grupos de carimbó do estado.

Nesta terça-feira, 11, Thiago Bragança ministra uma oficina de banjo; na quarta-feira, 12, é a vez da oficina de confecção dos instrumentos maracas e milheiros, com o Mestre Lucas Bragança. A série de oficinas termina na quinta-feira, 13, com Solange Loureiro e Aldery Dias ministrando uma aula de danças tradicionais de carimbó. Todas as oficinas começam às 17h.

Na sexta-feira, 14, às 18h, o festival promove um encontro de carimbozeiros com o tema "A importância do protagonismo dos detentores na salvaguarda do Carimbó". Sábado, 15, é o dia dos grandes shows da programação.

A transmissão começa às 17h, com o grupo Raízes Parauara, de Parauapebas; seguindo com os grupos Cabloco Rústico (Parauapebas), Grupo Mayrabá (Marabá), Grupo Flores do Carimbó (Canaã dos Carajás), Sancari (Belém), Os Quentes da Madrugada (Santarém Novo), termina com uma apresentação do Coletivo de Mestres, formado por representantes dos municípios de Marapanim, Marajó, São Miguel do Guamá, Belém e Parauapebas.

O evento termina com um encontro de Mestres e Mestras de Carimbó, com o tema “Salvaguardando os Saberes Tradicionais", às 10h.

O festival, que já nasceu em ambiente virtual, chega a sua segunda edição em 2021. Desta vez, o festival é realizado com patrocínio de um dos editais da Lei Aldir Blanc.

O evento foi idealizado por Solange Loureiro, produtora cultural que também assina a coordenação geral do festival. Ela tem uma longa história com o carimbó, desde que morava no município de Santarém Novo.

“Mudei para Parauapebas, onde começamos a fazer o trabalho, e hoje temos um ponto de cultura, o Zimbra Carajás, onde oferecemos oficinas de dança, percussão e construção de instrumentos”, conta.

Solange já produzia um festival de carimbó no município em que morava, e viu em Parauapebas a necessidade de dar mais visibilidade ao gênero musical paraense, assim como seus produtores.

“Quando cheguei a Parauapebas senti a carência da cultura paraense do carimbó, aqui no sudeste paraense. Então quis trazer os grupos, os mestres, para que a população de Parauapebas conheça o carimbó, que não é feito só pelos grandes artistas de mídia, mas pelos mestres, das comunidades. A gente quer que eles sejam conhecidos e reconhecidos”, defende ela.

O festival idealizado por Solange, para popularizar a cultura do carimbó no município de Parauapebas, tinha como objetivo ser presencial. Mas ganhou o ambiente virtual expandindo ainda mais seus horizontes. 

“Posso falar que é um desafio fazer o evento on-line, porque requer mais cuidado. Mas assim ele é transmitido para o mundo todo, porque na rede social o mundo todo pode acessar e assistir. Mas tudo tem que sair perfeito, é diferente do presencial porque você pode consertar o erro e ninguém está vendo”, conta.

A ideia de realizar o evento de forma presencial, quando for possível, segue viva; para botar em prática o que é inviável no formato on-line. “O lado ruim é que a gente não conseguiu trazer todos os grupos para Parauapebas, os que a gente tem em mente. Mas também tem o lado positivo, ele ter uma visibilidade maior por ser na redes sociais”, explica Solange.




Edição: Alek Brandão
Fonte: O Liberal (texto e imagem).

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