Sebos oferecem variedade e preços baixos na 25ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes

 Empreendedores do setor apostaram no evento e celebram boas vendas.




Os sebos ganham espaço na 25ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes. Um corredor inteiro foi dedicado a esse mercado, que põe em circulação livros usados, de edições antigas, e, algumas vezes, raras, a um valor baixo, facilitando o acesso dos leitores a essas obras. Os sebos ganharam um corredor no evento. Leandro de Souza, do sebo Arquivo Cultural, levou 1.600 exemplares para a feira e tem vendido entre 50 e 70 livros por turno, em média, o que exige reposição constante do acervo. A feira acontece até o próximo domingo, 4, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

O Arquivo Cultural é um negócio de família que iniciou em 2007, dois anos após dois irmãos iniciarem a venda dos primeiros títulos da biblioteca do pai, a pedido dele. “Começamos a vender na feira da Pedreira, em 2005. Vimos que deu certo e resolvemos abrir o sebo”, recorda.

O volume de vendas durante a feira representa uma importante fatia do faturamento dos sebos. “É a primeira vez que a gente vem para a Feira do Livro. É burocrático, mas vale a pena. Investimos R$ 7 mil para estar na feira (entre aluguel de estande e logística) e conseguimos cobrir esse valor em dois dias. Com o Credlivro o retorno é garantido”, conta Leandro.

O Credlivro – crédito de R$ 200 para servidores públicos da educação adquirirem livros na feira - é uma das principais formas de pagamento dos clientes. Sérgio Augusto, do Sebo da Galeria, atribui ao Credlivro a maior parte da movimentação financeira do empreendimento dele na feira. Ele divide um estande com outros quatro sebos.

“Eu trouxe um acervo diversificado para a feira, desde literatura, biologia, música, matemática, religião, autoajuda, biografias e obras autores paraenses etc. O sebo acaba resgatando livros que seriam descartados, de obras que não tiveram novas edições, com preços baixos. Temos obras raras como ‘Crônicas dos Padres da Cia de Jesus’ e ‘Os confederados em Santarém’ .Está esgotando muito rápido”, descreve Sérgio. “A Feira Pan-Amazônia é uma oportunidade não só de venda, mas de divulgação do sebo, principalmente entre os jovens”, acrescenta.

Isabelle Ferreira, do Chibé Literário, conta que participa da feira pela segunda edição. “O sebo é uma forma de democratização da leitura e dos livros, alcança uma população mais periférica, de baixa renda. “Durante esses dias da feira, todo o nosso faturamento está aqui. Pois trabalhamos numa plataforma on line, que suspendemos o atendimento temporariamente para focar na feira”, revela.

O cliente José Augusto Pena, que se interessa por magia, ocultismo, parapsicologia, hipnose, magnetismo e outros temas, diz que encontra os livros que precisa nos sebos. “As edições antigas são as melhores e os livros são mais baratos. Dá para encontrar preciosidades”.

Fonte: O Liberal 

Texto: Enize Vidigal

Foto: Igor Mota/ O Liberal

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