Colunas e Colunista - A opinião de Carlos Ferreira

Edição: PH


Papão, de irritante a empolgante 
Ao final do primeiro tempo, com derrota por 2 x 1, a torcida bicolor gritava “timinho, timinho, timinho”. Nos minutos finais do jogo, com a virada para 4 x 2, os gritos eram “olé, olé, olé”. Foi um jogo de irritação e empolgação, com direito a um gol fabuloso de Soares, frango de Ângelo e reaparecimento triunfal de Rafael Oliveira, autor de três gols. Tudo isso para apenas 3.543 pagantes na Curuzu.



A incompetência na marcação foi o maior pecado do Papão no primeiro tempo, quando o Japim mandou no jogo, fez 2 x 1 e só não fez mais porque o goleiro Nei estava em ótima manhã. O intervalo mudou o rumo da prosa. Os castanhalenses voltaram com marcação recuada e os bicolores pressionando, principalmente nas frequentes chegadas do bom lateral direito Sidni, que saiu do banco para conquistar seu espaço no time. Também foi importante a entrada de Helinton puxando a marcação adversária para os lados do campo, beneficiando Rafael Oliveira com espaço para jogar. O Papão melhorou muito o serviço de marcação, principalmente em cima do “maestro” castanhalense Soares, passando a comandar as ações. O menino Billy, de 22 anos, foi o mais combativo. A conseqüência foi a virada no placar com o mais absoluto merecimento. 
       


O jogo foi decidido nas atitudes. Enquanto foi valente, o Castanhal fez valer o seu melhor entrosamento e teve a vitória nas mãos. Quando o Papão tratou de se agigantar, o Japim assumiu a alma de time pequeno, se encolhendo em campo. Por isso, sofreu a justa goleada. A vitória maiúscula garante ambiente tranqüilo para Sérgio Cosme e elenco, inclusive porque no próximo jogo, em Tucuruí, sábado, contra o Independente, já deverá contar com Mendes, Alexandre Favaro, Ari, Thiago Potiguar e talvez Vânderson também.  
  


Hoje, duelo de incógnitas 

As torcidas de Remo e São Raimundo estão tão apreensivas quanto esperançosas. Os dois times foram profundamente reformados com maioria desconhecida. Nos amistosos preparatórios passaram boa impressão. E hoje, pelo campeonato, o que esperar?   

         


Por serem duas incógnitas, Remo e São Raimundo fecham a rodada com um duelo imprevisível. O time remista terá expressivo apoio da torcida, mas terá que fazer por merecer. Ou então o incentivo vira hostilidade. O jogo promete ser tenso. Mais que uma estreia, será uma decisão moral para os azulinos, que tanto precisam conquistar confiança.
  


Vai ser o primeiro contato do novo time do Remo com a torcida em Belém. Boa impressão vai ser questão de suor na camisa, capacidade técnica e resultado final. 
  
    

Garotos roubam a cena 

Herdeiro da camisa deixada por Fininho, o menino Welthon, 18 anos, foi o maior destaque da Tuna no empate com o Águia em Marabá. Muito forte fisicamente e habilidoso, Welthon mostrou futebol para ser revelação no campeonato. 

         


Billy, 22 anos, volante do Paysandu, foi outro que roubou a cena na rodada. Jogou com firmeza e simplicidade. Se impôs diante do Castanhal e também mostrou credenciais para ser revelação da temporada. O irmão gêmeo Bryan foi apenas discreto na lateral esquerda. Hoje o remista Jaime, de 17 anos, será titular contra o São Raimundo. Veloz e habilidoso, é outra gratíssima promessa nos gramados do Parazão 2011.          

Atletas vão de 50 a 200 batimentos cardíacos    

Nas pessoas de atividades físicas moderadas o coração tem batimentos médios de 75 a 80 por minuto. Nos atletas de alto rendimento, como os profissionais do futebol, os batimentos variam de 50 (em repouso) a 200 por minuto em picos de esforço. Esses picos são mais comuns em alta temperatura, como nos jogos na faixa das 10 às 12 horas, tão comuns no Pará.  É o que diz o cardiologista Henrique Custódio, advertindo que o atleta só consegue esse rendimento sem risco se estiver com 100% da saúde cardíaca. Por isso, a necessidade de exames regulares. No Campeonato Paraense, porém, a maioria dos atletas está jogando sem os exames (custam R$ 550,0), correndo risco de morte, com a conivência de médicos que assinaram documentos dando “ok”, como se tivessem feito a avaliação clínica. 
       


Na hipótese de morte, os responsáveis (médicos e dirigentes do clube) podem pegar de 6 a 20 anos de prisão, como adverte o desembargador Leonam Cruz Júnior.

Fonte: Portal ORM

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