Crônica da Semana - Assuntos do Cotidiano

Atualização às 21h de segunda-feira, 3 de maio de 2010.
Edição: Paulo Henrique 

COM DINHEIRO NÃO SE BRINCA

Por Hugo Antônio Ferrari

Realmente, com dinheiro não se brinca! Aqueles que brincaram e não respeitaram o dinheiro perderam tudo, voltando a conviver com extrema dificuldade.     
A maioria dos garimpeiros que exploraram o famoso garimpo de “Serra Pelada”, no Pará, estão vivendo hoje na maior penúria.   
Esbanjaram tudo, pois, não souberam valorizar, e nem economizar aquilo que, com sacrifício, ganharam da mãe natureza. Pensavam que o ouro era eterno. Eterno, somente Deus!
Apenas para exemplificar, depois de receber uma bolada de dinheiro oriundo da extração de ouro, certo garimpeiro chegou a realizar a façanha ao fretar um avião da extinta Transbrasil para se encontrar com a namorada no Rio de Janeiro.

Atualmente, vive da aposentadoria de R$ 515,00 da atual mulher, sua 14ª companheira. Não soube preservar o que ganhara. Agora, está colhendo o triste resultado.

A mesma coisa, também, tem ocorrido com muitos que herdaram bens familiares. Derreteram tudo!

Outros, que ganharam na loteria, em pouco tempo, voltaram à estaca zero. Mais uma vez, não souberam administrar o seu dinheiro. Quem não conhece casos assim?

Dinheiro existe para ser respeitado e não esnobado.

É preciso ter muito equilíbrio ao lidar com o vil metal que, muitas vezes, desaparece com a maior facilidade, notadamente, se for de origem suspeita. 

Dizem ser o dinheiro, a mola do mundo. E é verdade! Até os países mais ricos necessitam fazer economia a fim de equilibrar suas finanças.

Nunca gastar mais do que se arrecada para não entrar no “vermelho”, eis a recomendação dos economistas. Conosco, não pode e nem deve ser diferente. São normas a serem seguidas com absoluto rigor.

Infelizmente, nem todos têm essa consciência, ao gastarem aleatoriamente, notadamente, quando os consumidores são induzidos pela maçante propaganda ao consumismo, atraídos que são pelos tentadores “cartões de créditos”. Quantos não se endividam desnecessariamente?  

O exemplo de economia está no povo judeu que, mesmo tendo passado por severas dificuldades - sobretudo na segunda guerra mundial - quando o sanguinário Adolf Hitler tentou exterminá-los, não joga dinheiro fora. Pelo contrário, economiza até os centavos que muitos desprezam.

A título de brincadeira, lembro da seguinte piada do humorista Zé Vasconcelos: Muita gente tomando banho numa praia, quando alguém anuncia: “A maré está baixando!” Logo em seguida, diz um judeu: “Eu compro!”

Por outro lado, não devemos confundir o econômico com o avarento.

São dois comportamentos distintos. O primeiro economiza para viver melhor. Já o segundo, apesar de ter dinheiro, prefere continuar no desconforto.  

Tomemos por base o pequeno Israel, país altamente desenvolvido em função do esforço de seu próprio povo, apesar de estar cravado em pleno deserto no Oriente Médio, mas que é uma referência para o mundo.   

Agora, vejamos o nosso querido Brasil: Repleto de riquezas, porém, nunca tem dinheiro suficiente para melhorar a saúde, a educação, o salário mínimo, o combate à pobreza e demais mazelas que afligem a nossa população, em especial, os mais carentes.

Já a incontrolável corrupção que não dá trégua, continua a ser a responsável maior pelo desvio de gigantescas somas de recursos públicos, prejudicando grandemente os interesses nacionais. 

Aprendamos, não somente a respeitar o dinheiro, mas, sobretudo, economizá-lo e bem aplicá-lo para colher seus benefícios.

Assim procedendo, a vida de milhões de pessoas passaria a ser bem melhor, relembrando sempre que “a economia continua a ser à base da propriedade”. É só experimentar para logo colher os resultados!
Colaboração: Hugo Antônio Ferrari - Óbidos-PA

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