Novas tecnologias não superaram a magia do rádio



Sempre que me refiro ao serviço de rádio, faço menção de que ele é meio de comunicação insuperável e a matéria publicada no diário do Pará, culmina com  meu pensamento, principalmente destacando um dos maiores radialistas do Pará, o comentarista “Bola de Ouro”, Carlos Castilho. Como também sou profissional do rádio e abraço essa causa há vários anos, dedico a matéria para todas as pessoas que gostam de ouvir rádio e tem com este instrumento, relação de parceria, às vezes, de forma inseparável. (PV).

O Dia Mundial de um dos inventos mais importantes da história foi comemorado nesta quarta-feira, 13. Não há um consenso a respeito de quando ele nasceu exatamente. Sabe-se, no entanto, que as experiências do padre gaúcho Landell de Moura, realizadas há cerca de 130 anos, foram decisivas para que o aparelho viesse ao mundo. 
O rádio, durante muitas décadas, foi a fonte de informação mais eficiente disponível, além de ser o aparelho doméstico mais popular de todos. A televisão lhe tomou espaço e, hoje, o rádio enfrenta disputa de audiência com as múltiplas possibilidades da internet. Ainda assim, presente em quase 90% das casas do país, ele está bem longe de se aposentar. Há muita gente que se mantém fiel à programação e à linguagem disponíveis apenas sintonizando as ondas AM ou FM.
Maria Tainá Mendes, 20 anos, estudante, é categórica: “Eu sinceramente prefiro rádio à televisão. Eu sintonizo no meu celular e posso ouvir onde eu estiver, até andando. A bateria dura umas quatro horas, o bichinho até descarrega. Com a televisão, isso não é possível.”, brinca. 
Fã declarada da 99 FM, Tainá, inclusive, já ganhou um churrasco em sua casa promovido pela rádio. “Quando eu finalmente consegui ligar e ganhei a promoção até chorei, fiquei apavorada! Além da programação, a rádio tem pessoas maravilhosas que a gente aprende a gostar”, completa a ouvinte.
APARELHOS
Segundo a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), o rádio está em 88,1% dos domicílios do país, atrás somente da televisão, presente em cerca de 97%. O Brasil tem aproximadamente 9,4 mil emissoras de rádio em funcionamento, incluindo emissoras comerciais AM e FM e rádios comunitárias. O número é mais que o dobro do registrado há dez anos, segundo dados do Ministério das Comunicações
O número de aparelhos de rádio convencionais passa de 200 milhões no país, além de 23,9 milhões de receptores em automóveis e do acesso por aparelhos celulares, que somam cerca de 90 milhões. Estima-se que 80% das emissoras do país já transmitem sua programação via web ou sinal digital.
O repórter Carlos Estácio dedicou boa parte dos 59 de seus 73 anos ao radiojornalismo da Rádio Clube. “Diferente da FM, na AM nós temos que narrar o fato tal qual ele está acontecendo, ao vivo. A programação não é focada em música e a linguagem é diferente, mais dinâmica. É bom porque tu treinas o improviso”, explica.
Estácio chegou à Clube com 12 anos. “Entrei e não saí mais. Naquela época, menor tinha que assinar a carteira de trabalho. Assinaram a minha com 14 anos. Tempos do Getúlio”, relembra. Um dos mais experientes jornalistas em atividade. 
Ele se diz privilegiado e orgulhoso por poder fazer parte da história do rádio paraense. “A Clube tem uma audiência respeitada e possui um público muito fiel, além de ter um poder de penetração muito grande. Tem uma discussão antiga que diz que a rádio AM vai acabar por causa disso e daquilo e nunca acaba. E nem vai acabar”, completa Estácio.
(Diário do Pará, com informações da Agência Brasil)

Colaboração: Henrique Araújo.