Crônica da Atualidade - Por José Roberto Ichihara

 A escrita, quando talhada de forma estrutural, credencia o autor a incentivar a leitura e contribuir com a cultura (até rimou). Contribuamos com as nossas escritas para a multiplicação dos leitores!(PV)



Incentivar a leitura é uma arte e José Roberto, trata o assunto com zelo. 


A arte de escrever

 

 

Nada é mais excludente do que não saber ler e escrever. Esses pré-requisitos, que são básicos para a sobrevivência no mundo atual, onde a eficiência na comunicação é fundamental, selecionam aqueles que podem ter sucesso na vida.

Quantas vezes nos deparamos com um artigo que vem ao encontro de tudo aquilo que pensamos, concordando com cada vírgula escrita no texto! Dá até aquela vontade de dizer: puxa, por que não escrevi sobre isso?  Por que pensei nisso, mas não registrei?

Aí é que está a capacidade de dominar e articular as palavras. Se fosse tão fácil, por que nem todos os professores de literatura são bons escritores? As letras e as palavras estão à disposição de quem souber juntá-las e dar sentido às coisas... Como quase tudo na vida.

Mas as palavras só fazem sentido quando a mente, o melhor processador do mundo, através da imaginação, ordena que as ideias saiam do intangível, tomem forma e atinjam o campo da compreensão de quem vai ler. Daí a dificuldade de se fazer um bom texto.

Apesar de todos os avanços na comunicação, da Internet e tudo o mais, a escrita sempre vai ter a sua importância para a humanidade. O que seria da ciência sem os livros?  E da Justiça sem as leis escritas? Como saber a origem das coisas? Dá para imaginar?

O mundo depende cada vez mais da escrita. Na verdade, em muitos casos, só vale o que está escrito. Palavras o vento leva, diz o ditado. Mas o que está escrito não dá para ignorar. Por isso, a arte de escrever bem é muito valorizada nos dias atuais.

Então, por que estudamos, aprendemos e nem todos conseguem colocar no papel as boas idéias que têm? Porque apenas as regras gramaticais, as técnicas de redação e o uso da ortografia não fazem um bom texto. Nada faz sentido sem o toque pessoal do autor.

Um bom texto é como um quadro bem pintado. As cores e as tintas não significam nada se não forem bem combinadas. Aí é que entram a criatividade do autor, a capacidade de transmitir a sua idéia, de mexer com a imaginação das pessoas. Qualquer um sabe pintar?

Escrever bem ajuda a todos porque esclarece aos menos perceptivos o que está acontecendo no mundo e como isso vai interferir na vida de cada um. Mas esse lado positivo só vai funcionar se houver responsabilidade por parte do autor.

Nunca vai faltar matéria-prima para quem lida com a escrita, uma vez que as ações são movidas a notícias. O mundo, os negócios e as pessoas dependem das informações para que as decisões sejam tomadas. Então... torçamos para que vivam muito os bons escritores!

Existe uma crença que quem lê muito tem facilidade para escrever. Nada mais inverídico. Sabe-se de uma porção de leitores vorazes que conseguem comentar sobre livros volumosos, mas não são capazes de resumi-los em uma única folha de papel.

O dom para escrever é pessoal, intransferível e não-hereditário. O bom escritor prende o leitor pelo racional e pelo emocional. Consegue induzi-lo à tristeza, à alegria, à realidade e à reflexão, ou levá-lo a viagens fantásticas pelo mundo real ou imaginário.

 

Texto: José Roberto Ichihara - Paraense de Capanema, residente na cidade de Natal/RN

Foto: Divulgação/Perfil do autor

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