"Visagens de Verso" é o diálogo da poesia com as artes visuais de Clei Souza

 A exposição do artista paraense começou nesta quarta (18), na Casa do Fauno

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O artista visual e poeta Clei Souza reuniu a pesquisa acadêmica e artística e transformou na exposição "Visagens de Verso", que trabalha com diferentes linguagens. O trabalho é resultado de uma pesquisa de quatro anos. A exposição abriu nesta quarta-feira (18), na Casa do Fauno, a partir das 19h. Entrada gratuita.

Clei explica que reuniu as três últimas séries produzidas ao longo dos últimos anos. Os trabalhos fazem o diálogo entre a poesia e as artes visuais. A primeira série é "Decomposição", que traz nove peças com fotografias borradas, colagens e poesias. Esse trabalho foi selecionado no Prêmio Primeiros Passos, do Centro Cultural Brasil Estados Unidos (CCBEU), em 2019.

"Essas peças comecei a fazer em 2018. Eu sou pesquisador de literatura e a minha pesquisa faz uma relação da imagem com as palavras", explica Clei.

O segundo trabalho presente na exposição foi premiado no Prêmio de Experimentação Artística Vicente Sales, da Fundação Cultural do Pará, em 2021. "Poesia Expandida Urbana Amazônica" é uma série com intervenções na cidade de Marabá, sudeste do estado. O artista fez fotos e vídeos de registros de poemas em homenagem à cidade escritos em muros, árvores, postes e demais locais espalhados pelo município.

"Esse trabalho foi uma forma de mostrar o meu apego por Marabá, local onde morei durante 10 anos", pontua Clei. O terceiro trabalho presente na exposição "Corpo dá palavra" se trata de um ensaio de foto-poemas eróticos. Esse trabalho passou no edital da Galeria Realejo, em 2021.

"É isso, Visagens do Verso é a reunião desses quatro anos de pesquisa da relação da palavra com a imagem, seja ela em movimento ou estática. A minha pesquisa segue caminhando para que outros trabalhos surjam, a pesquisa acadêmica alimenta minha pesquisa poética", acrescenta Clei.

Clei Souza é professor doutor em Literatura pela UFPA. É poeta, contista, crítico literário e artista visual, produtor e letrista. Em 2012 publicou o livro de poemas Úmido, resultado do prêmio Dalcídio Jurandir de Literatura de 2010; em 2012 lançou o álbum de poesia cantada Folha de Concreto, pelo prêmio de Cultura e Arte PROEX/UFPA; em 2015 publicou o livro de poemas Poema Pássaro e outros versos migratórios, resultado novamente do prêmio Dalcídio Jurandir de Literatura. Em 2017, teve um conto selecionado no Concurso Internacional da Universidade de Salamanca, na Espanha. 

Serviço: Exposição Visagens do verso
Local: Casa do Fauno.
Data: 18 de janeiro.
Horário: 19h


Fonte: O Liberal (texto)


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