Fafá de Belém constrói legado e história na capital
Não tem como falar em musicalidade belenense e não pensar em Fafá de Belém. O nome da cidade ela carrega por onde passa, e a risada gostosa marcante da cantora é característica do povo nortista.
Neste dia 12 de janeiro, no aniversário de Belém, é Fafá que fala sobre essa cidade: “Belém para mim é o cheiro da chuva. É a gente tocando violão no Bar do Parque, com Rui Barata até de madrugada e voltar a pé para casa. Belém para mim é o pôr do sol no Ver o Peso. Belém, é o tacacá das 17h, farinha e pirarucu. Belém é um jeito de ser, o ser paraense é uma forma de olhar para o mundo e dessa forma Belém sintetiza, todos que querem deixar de ser isso perdem a sua essência. Eu sou o que eu sou, devo a Belém e ao estado do Pará”, disse emocionada
Quando Fafá de Belém fala da capital paraense vem as lágrimas de emoção, mas também percebe-se um brilho especial no seu olhar, resultado de um gargalhada gostosa, que já diz muito de todo esse amor que ela tem pela sua terra. “O meu sentimento por Belém basicamente é de gratidão. Eu existo porque Belém me deu o que faço, Belém e todo Estado do Pará. Nós temos uma forma de ser! Belém é uma cidade cheirosa, uma cidade de sabores, que abraça, uma cidade arborizada. Temos o nosso jeito, as nossas particularidades, eu posso viver longe de Belém mas Belém nunca sai de mim”.
O legado da cantora com a cidade são muitos, e passados por gerações. Por exemplo, a sua filha leva Belém no nome e suas netas estão sempre por aqui, além disso temos a Varanda de Nazaré, que leva um pouco do Círio para o mundo. “Maricota foi criada em Belém. Depois que separei minha família foi um apoio muito forte, eu vivia sozinho no Rio, tinha mudado pra São Paulo, então Mariana é apaixonada por Belém. Começaram a chamá-la de Belémzinha, e ela virou Mari Belém. As crianças não sei, entendo que a gente tem que dar estrutura para os filhos e netos crescerem com as suas asas, fazerem seu voo, mas sei que o rumo se estabelece. Se eu não me meti na história de Mariana, muito menos das minhas netas, mas todas amam Belém, adoram Nazinha, nosso açaí, cupuaçu. No ano passado, na Varanda, a Varandinha de Nazaré foi toda desenhada por Laura, a minha neta mais velha, isso também é legado”, relembra.
Sobre a Varanda, Fafá conta um pouco desse lindo projeto que “é um trabalho que começou há doze anos e é o meu grande legado, é a devolução para essa terra de tudo que ela me deu”.
Pingue-pongue com Fafá de Belém:
- Fruta: jambo
- Local: igarapés
- Comida: tacacá e caranguejo
- Música: boa música tocada pelos maravilhosos músicos paraenses
- Fim de tarde: tacacá
Fonte: O Liberal
Texto: Bruna Dias
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