COLUNAS E COLUNISTAS - A Opinião de Carlos Ferreira



Quem disse que o Parazão acabou? No Amapá ele continua

No Amapá, o Parazão ainda não acabou     
      
Os mais brincalhões dizem que o campeonato amapaense é o “terceiro turno” do Parazão. Mantendo a média de todos os anos, o atual Amapazão atraiu mais de 50 jogadores paraenses, entre conhecidos e desconhecidos, espalhados em 9 dos 10 clubes. A exceção é o Cristal. A decisão do 1º turno, na próxima quinta-feira, entre Oratório e Santos vai envolver 18 paraenses, entre eles o zagueiro santista Preto Barcarena, que vai se despedir na decisão, já contratado pelo Nacional de Manaus para a Série D. Antes dele, saíram: Darlan, do Ipiranga para o Goiatuba/GO e Diego Silva, também do Ipiranga, para o Independente de Tucuruí.          

Não há outro movimento igual de transferências de jogadores de uma federação estadual para outra no país. É justamente para importar paraenses que os clubes do Amapá programam o campeonato local para o período do fim de maio ao início de setembro. Antes, se informam de tudo o que acontece no Parazão,  torcendo por Remo ou Paysandu, que são os dois clubes mais queridos no Amapá.                                 


Conheça os paraenses do Amapazão 2011          

ORATÓRIO (10): Cleber, Evandro, Bruno Oliveira, Max Melo, Jonatas, Leandro, Fabinho, André Mensalão, Gegê e Hallace.           

SANTOS (8): Halisson, Soares, Hugo Deleon, Preto Barcarena, Euler, Souza, Garrinchinha e Rodrigo Chermont.          

INDEPENDENTE (5): Magrão, Diego Azevedo, Neto, Júnior Belém, Nélio          

IPIRANGA (4): Ricardo Capanema, Felipe Bragança, Cleisson Rato, Euber.            

TREM (8 + 4): Américo, Rubran, Tonhão, Mocajuba, Romeu, Leandrinho, Cassiano, Déo Curuçá. Técnico: Fran Costa. Deixaram o clube recentemente: Filho, Aritana, Fábio Rogério e Max Deivid          

SÃO JOSÉ (6): Miro, Davi, Diego, Marcelo Pitbull, Thiago, Jailson.          

MAZAGÃO (5): Raone, Deivid, Sandro Alves, Josué, Lucicline          

SANTANA (3): Bironga, Efraim, Orlando          

SÃO PAULO (4): Edson Capanema, Elivelton, Sandoval, Max Alan                


Papão: dois discursos para os mesmos números         

Quando todos criticavam o serviço defensivo do Paysandu, que no primeiro turno do Parazão tomou 22 gols em 11 jogos (média de 2 por jogo), o técnico Sérgio Cosme respondia que o time era vulnerável porque era muito ofensivo. Tanto que nos mesmos 11 jogos fez 32 gols (média de 2,9). Os volantes, laterais e zagueiros repetiam o discurso do comandante, até porque o Papão foi campeão do turno. Pois bem! Três meses depois, 80% dos jogadores do sistema defensivo dispensados e o novo técnico, Roberto Fernandes, justificando pelos números. Uma condenação irrefutável!          

Futebol é mesmo assim. Discursos opostos, tão verdadeiros quanto convenientes e não menos discutíveis. No resumo da ópera, o Papão troca Herbert, Zeziel, Bryan, Ari (ainda no elenco, só para se recuperar de lesão), Billy, Álisson e Vânderson, além do goleiro Ney, pelos zagueiros Márcio Santos, Wagner, Jorge Felipe e Rodrigo Salomão; laterais Jean e Fábio Gaúcho; volantes Charles Wagner e Rodrigo Pontes, além do goleiro Dida. Do sistema defensivo, salvaram-se apenas Alexandre Favaro, Sidny, Allax, Diguinho e Alexandre Carioca. O resultado dessa troca, envolvendo o serviço de marcação como um todo, vai ser medido a partir da próxima segunda-feira, na Série C.                    


Base x Profissional, dois Remos em conflito        

O coordenador das categorias de base, Carlinhos Dorneles, queixa-se de todos os técnicos que passam pelo futebol profissional do Leão Azul e todos esses técnicos queixam-se dele. Há uma década, ou mais, o relacionamento entre o Remo/Base e o Remo/Profissional é de antagonismo, como se fossem dois clubes rivais. Essa é uma das conseqüências da omissão dos principais dirigentes, por conta também do descaso com o futebol amador.         

Carlinhos Dorneles está acenando com a proposta de diálogo com Sinomar Naves. Os dois precisam mesmo de uma conversa franca. Bem que o presidente Sérgio Cabeça deveria participar e verificar o que é que impede a harmonia entre o Remo/Base e o Remo/Profissional. Em 2009, por exemplo, os arranhões de Dorneles e Sinomar se tornaram públicos com ambos precisando dos mesmos jogadores ao mesmo tempo. É uma situação que tende a se repetir a partir de agosto, com garotos servindo ao Remo/Profissional em amistosos no interior e ao Remo/Base nos campeonatos sub 17, sub 20 e a preparação do time sub 18 para a Copa São Paulo.

Fonte: Portal ORM

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