GASTANDO A BOLA - Editorial da Clube

 *Mais uma vez assinei o Editorial do Gastando a Bola, apresentado pelo radialista Paulo Sérgio pinto, direto da Argentina, em contribuição ao programa. (PV)




O favorecimento para quem age com seriedade
        Comparar o futebol com a poesia é unir duas grandes vertentes que podem se transformar em ato de serenidade, atrelado ao comprometimento e assim por diante. Soletrando algumas palavras e colocando cada uma no seu devido lugar, podemos concluir que os sonetos, quando empregados de forma correta, sustentam conjuntos que se multiplicam ao passo de cada complemento, verticalizando o futebol como fator importante na consolidação de uma obra prima.
        A seleção brasileira impôs seriedade no jogo contra os equatorianos e o resultado registrou o placar que todos esperavam. Mesmo com falhas, a vitória foi convincente e a alegria juntou-se ao compromisso de se terminar a fase da Copa América em primeiro lugar no Grupo. Comparações à parte, o futebol brasileiro ainda é o mais cobiçado e a prova disto, são as exportações de craques, espalhados mundo a fora. Os “meninos do Brasil”, provaram para o mundo que a formação de um soneto pode contribuir com a obra fascinante, se todas as letras forem grafadas concordância gramatical adequada e consistente. O tripé formado por Paulo Henrique Ganso, Neymar e Alexandre Pato, passou a ser a célula formal de um esquema contido de peças importantes que se juntam aos esteios fincados nos pontos cruciais, desenvolvendo fórmula diferenciada que se constitui em ecos a serem ouvidos em várias dimensões.
        Agora, passado o período de adaptação ao próprio torneio, a Seleção Brasileira vai novamente ter o Paraguai como adversário em condições opostas, pois quem perder, volta pra casa sem ter outra chance. Os brasileiros continuam apostando no sucesso da Seleção, mas há aqueles que ainda estão ressabiados e preferem não antecipar qualquer tipo de prognóstico. Como não há mais o que planejar, armar um esquema eficiente para desbancar o adversário é a opção mais viável. Se a vitória brasileira for concretizada, o time avança na competição e reacende as esperanças para a conquista de mais um tricampeonato.

 EM TEMPO - Estamos fora da Copa América. A seleção brasilera terminou sua participação no torneio da mesma forma que começou: sem apresentar um futebol convincente, pois a pontaria dos atacantes e dos cobradores de pênaltis não funcionou. Teimosamente, Mano Menezes sacou da equipe, as grandes promessas da Seleção, que poderiam decidir a partida contra o Paraguai, mas ele resolveu mudar e o time caiu de produção. Os craques Ganso, Neymar e Pato, devem estar mais chateados do que os outros e voltam para seus clubes com a frustração da não conquista da Copa América. Paciência!

Texto: Paulo Vasconcelos, cronista esportivo e integrante da Academia Capanemense de Letras e Artes.

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