A opinião de Calos Ferreira
Que lição o fracasso da Seleção passa à dupla Re-Pa?
O Brasil ganhou a Copa das Confederações se superando, com aplicação tática e principalmente na valentia. Nos iludimos! Na Copa, a falta de competência tática fez a Seleção sobreviver da bravura e do “oba-oba”, até desmoronar diante da Alemanha. Essa é uma história tantas vezes vivenciada por nós paraenses com Remo e Paysandu, habituados a extremos de conquistas e frustrações. Afinal, o futebol é tradução fiel da cultura de um povo. O improviso em campo é uma capacidade louvável dos atletas, mas fora de campo expressa a incapacidade dos gestores, na velha política dos remendos, sem cumprimento de um projeto confiável. Enfim, a distância de competência no futebol, que separa o Pará do sul e do sudeste, é a mesma que separa o Brasil da Alemanha, referência mundial de gestão no futebol.
Futebol por conta de bravura, paixão, vibração, “oba-oba”, não deixa de produzir glórias. Mas tanto pode levar a grandes conquistas como a grandes frustrações, como também atestam as trajetórias centenárias de Remo e Paysandu. Em todos os setores, a cada dia, o mundo exige mais competência. O futebol não foge desse contexto. E sempre que falarmos em competência no futebol estaremos falando de gestão administrativa e estado físico-técnico-tático-emocional.
Papão prejudicado pela ressaca moral
Para os torcedores mais envolvidos, a eliminação da Seleção Brasileira de uma Copa do Mundo é tão impactante que causa um estado de luto. Esse comportamento inviabiliza eventos. Foi o que aconteceu com o amistoso que o Paysandu faria amanhã, em Manaus, contra o Princesa do Solimões. O Papão ganharia R$ 30 mil pelo jogo. Os organizadores resolveram cancelar o amistoso por conta da ressaca moral dos amazonenses. O amistoso seria muito oportuno para os bicolores. O Papão, que está como novo comando técnico, não fez jogo algum neste período de Copa e está a apenas 10 dias do jogo contra o Cuiabá, no reinício da Série C. Vica precisa observar o time e os atletas precisam retomar o ritmo de jogo. Deixar tudo para o calor da competição é risco.
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