Família de jovem atropelado reclama de negligência no atendimento




O corpo do jovem Denys foi enterrado agora a pouco, depois da celebração da missa na Matriz e todas as pessoas foram unanimes em lamentar o ocorrido. Ontem a noite, durante o velório, Boaes Júnior, irmão de Denys, consternado com a situação, por ter acompanhado  a viagem até Castanhal, dizia sentir-se decepcionado com a falta de aparelhamento na UPA/Capanema. O atendimento dos médicos e enfermeiros foi muito bom, mas não havia ferramentas para eles trabalharem e o que é pior: não tinha ambulância para levar seu irmão à Belém, sendo que depois de quase duas horas é que chegou uma ambulância que atende o município de Santa Maria do Pará.
Confesso fiquei indignado com tal informação e o jovem Júnior disse mais: “A ambulância que transportou o meu irmão não era provida de equipamentos  para o acompanhamento de uma vítima de acidente, tendo ele sofrido paradas cardíacas no trajeto até Castanhal. Não havendo outra solução, o profissional de saúde que acompanhava Denys, resolveu leva-lo até a UPA/Castanhal e chegando lá, pouco pode ser feito”, disse Júnior.
E tem mais: o relator (Júnior) informou que foram constatadas várias lesões no corpo de seu irmão, tais como: baço, pulmão, bacia e um sério trauma nos testículos, que segundo ele houve surpresa por parte dos atendentes da UPA de Castanhal que observaram que o paciente jamais  deveria ter sido transportado em uma ambulância normal, quando o correto seria uma UTI móvel. Os responsáveis pela UPA de Capanema e demais setores da saúde (secretarias) precisam esclarecer a população quais são os tipos de atendimentos disponíveis na Unidade, quantas ambulâncias fazem parte da frota e se há alguma UTI móvel, quis equipamentos estão instalados. Mostrar publicamente esses equipamentos para que dúvidas sejam dirimidas, pois não é a primeira vez que alguém reclama de atendimento na Unidade.
É obrigação dos nobres vereadores acompanharem in loco como estão o funcionamento dos órgãos de atendimento da saúde e discutirem no parlamento, quais soluções  serão tomadas em relação a esse assunto, uma vez que não se tem notícias sobre movimentos feitos pelos edis no que diz respeito a tomadas de medidas. Precisamos que o Executivo Municipal também use de suas atribuições para que os atendimentos feitos no “afogadilho” não prejudiquem pessoas que precisem de tratamento urgente.

Enfim, cabe a sociedade civil organizada COBRAR, COBRAR e COBRAR , pois só assim poderá EXIGIR seus direitos. A direção da UPA/Capanema está devendo explicações e todos esperam por resposta.