Festival Amazônia Mapping convida para mergulho em ilha virtual em sua nova edição




O Festival Amazônia Mapping convida o público para mergulhar em uma ilha amazônica virtual na edição 2020, em uma experiência inovadora e imersiva. A programação abre nesta terça-feira (24), e segue até 28 de novembro, com pessoas de qualquer lugar do mundo podendo navegar no evento, que traz arte e tecnologia em realidade virtual. Com oficinas, apresentações musicais e bate-papo, a programação é totalmente gratuita, para que, neste momento de pandemia, a arte continue chegando ao público por meio da internet. 

Abrindo a programação do Amazônia Mapping, no dia 24, Bianca Turner promove o workshop “Vídeo Projeção, Corpo e Cena”. A artista, com graduação e mestrado em Londres, aborda maneiras de usar a video projeção em teatro, dança, performances e artes visuais. O workshop vai até dia 26.

Também começando nesta terça-feira e indo até quarta, 25, Ygor Marotta, o VJ Suave, ministra a oficina “Desenho e Animação em Tempo Real”. Artista audiovisual, Ygor já expôs seu trabalho em mais de 20 países. Na oficina, através do aplicativo Tagtool, participantes aprenderão técnicas para desenvolverem desenhos que serão animados e projetados em tempo real, com um detalhe. O artista explica que a última versão desse aplicativo, ainda em teste, possibilita que vários iPads se conectem remotamente para trabalhar de forma colaborativa, recurso essencial em um período que limita a colaboração presencial. 

“Eu acho um marco na história da arte ter a possibilidade de um arista colaborar sem precisar da presença física. Isso nunca foi possível antes, e a gente fez teste no Brasil conectando com artistas no Japão, na Europa, e só há um pequeno delay, de dois segundos. Então, alguém no outro lado do mundo pintar com o dedo no iPad e isso ao mesmo tempo ser projetado é um marco. Utilizar essa tecnologia para juntar pessoas, pra trabalhar a arte colaborativa, em tempo real, me deixa muito contente”, diz Ygor, agradecendo o convite para poder compartilhar seu conhecimento no FAM. As criações artísticas realizadas durante a oficina serão exibidas no Festival.

Além destes, o Festival conta com um outro workshop no dia 28, com o tema "Da Realidade Aumentada à Projeção Mapeada", com VJ Pixel. A abertura oficial do FAM 2020 será somente na noite do dia 26, com um bate-papo sobre a Amazônia enquanto território de cultura, inventividade e resistência. Além de Roberta Carvalho, idealizadora e curadora do festival, participam do encontro Keila Serruya, cineasta e artista visual do Amazonas; e a drag queen Uýra Sodoma, que usa elementos da floresta na composição da personagem e aborda debates como sustentabilidade e direitos LGBTQI.

“Nesse momento que a gente não pode ir às ruas e não pode fazer os eventos da maneira que estamos acostumados, estamos aprendendo uma nova forma de usar as redes e tecnologias. Eu acredito muito que a gente está em um momento de potencialização dessas ferramentas, fazendo essa renovação, essa transformação das artes nesse contexto”, diz Roberta.  A programação completa do Festival Amazônia Mapping 2020 está disponível no site amazoniamapping.com.


Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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