Paulinho da Viola lança novo álbum 'Sempre Se Pode Sonhar'

 Neste mês, ele completa 78 anos.



Paulinho da Viola acaba de lançar o novo álbum "Sempre Se Pode Sonhar", que foi gravado ao vivo em São Paulo, em 2006, mas que somente agora está sendo lançado pela Sony Music, a fim e marcar as celebrações pelo aniversário de 78 anos desse ícone do samba, que vai transcorrer no próximo dia 12.

O álbum reúne 22 faixas, sob a direção musical do próprio Paulinho. A faixa-título, fruto da parceria com Eduardo Gudin, foi gravada originalmente no álbum "Um Jeito de Fazer Samba", de 2006, de Gudin. A letra diz: "Meu samba fala em adeus, sim/ Mas também pode ocultar/ Um sonho que se perdeu/ E sempre se pode sonhar..." 

"Tem uma coisa no samba de São Paulo que é diferente – tem muitos sambas em tom menor, muitos autores que fazem isso. Tem um sotaque e esse sotaque está, inclusive, no Adoniran. Essa melodia é “adoniraniana”, vamos dizer assim... Por isso que há uma citação na letra. Eu ouvi a melodia que Gudin enviou e pensei: tem um jeitão de Adoniran Barbosa aqui. Aí botei: “Saí antes do dia amanhecer, deixei Adoniran me consolar' – e nem falei isso ao Gudin", conta Paulinho.

Ouça aqui.

Outras canções conhecidas do novo disco são "Talismã", composição dele com Marisa Monte e Arnaldo Antunes, do álbum "Acústico MTV Paulinho da Viola", de 2007; a autoral "Para Mais Ninguém", lançada por Marisa no disco "Universo Ao Meu Redor", de 2006; e a a autoral "Roendo as Unhas", do álbum "Nervos de Aço", de 1973. Além de clássicos, como "Fiz por você o que pude", de Cartola, e "Cochichando", de Pixinguinha, só para citar algumas.

"Sou muito amigo da Marisa", conta Paulinho, que ficou amigo de Arnaldo por intermédio dela. "Me lembrei (um dia) de um samba com cara de coisa antiga e deixei na casa dela, com um recado para o Arnaldo: 'me ajuda a terminar isso'. Em menos de uma semana, Marisa ligou e disse que também tinha entrado na parceria. Estava pronto", recorda Paulinho sobre "Talismã".

A faixa inédita do novo trabalho é "Ela sabe quem eu sou", um samba sincopado, lépido, elegante e leve. "Na verdade, é um samba muito simples, uma coisa despretensiosa. O que há de interessante é que tem um jogo, uma levada um pouco diferente, uma harmonia que se aproxima da bossa nova, que remete um pouco a Cyro Monteiro, Roberto Silva, Zé Keti, Geraldo Pereira, Wilson Baptista", descreve. A música ganhou um lyric vídeo.

Fonte: O Liberal/Música (Texto e Foto)






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