Belém, Bela Cidade das Mangueiras

Belém, já são quase 400 anos de história




Belém é a segunda cidade mais populosa da região Norte e a maior região metropolitana da Amazônia. Possui mais de 1,4 milhão de habitantes no município e 2.043.537 na Grande Belém (IBGE/2007). É conhecida como a "Metrópole da Amazônia" e popularmente chamada de "Cidade das Mangueiras" pela abundância de exemplares dessa árvore em suas ruas, sua contínua mancha urbana é constituída por cinco municípios. Também é denominada "Cidade Morena", característica herdada da miscigenação do povo português com os índios Tupinambás, nativos habitantes da região à época da fundação. É a maior metrópole do mundo situada na Linha do Equador, e a cidade com o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) entre as capitais da região Norte.



Por se assemelhar a uma península e ser limitada por áreas militares e de proteção ambiental, a cidade teve pouco espaço para expansão, ocasionando uma conurbação que deu origem a Região Metropolitana de Belém (ou "Grande Belém") – com a maior população metropolitana da região Norte – criada por lei complementar federal em 1973.



Belém constituiu-se na principal via de entrada na região norte do Brasil, devido a sua privilegiada posição geográfica. Situada às margens do rio Guamá, próxima à foz do rio Amazonas, abriga o moderno Aeroporto Internacional de Val de Cans. Com sua localização no extremo Norte da malha rodoviária brasileira BR-316 (Nordeste), BR-010 (Belém-Brasília) e PA-150 (Alça Viária), Belém pode ser facilmente acedida por vias terrestre, aérea e fluvial, sendo uma das principais entradas para toda a região norte.



Em seus quase quatrocentos anos de história, Belém vivenciou momentos de plenitude como o período áureo da borracha, no início do século XX, quando o município recebeu inúmeras famílias européias, o que veio a influenciar grandemente a arquitetura de suas edificações, ficando conhecida como Paris n'América. Hoje, apesar de ser cosmopolita e moderna em vários aspectos, Belém não perdeu o ar tradicional das fachadas dos casarões, das igrejas e capelas do período colonial.



História



A região onde a atual cidade se localiza era primitivamente ocupada pelos índios Tupinambás. O estabelecimento do primitivo núcleo do município remonta ao contexto da conquista da foz do rio Amazonas, à época da Dinastia Filipina, por forças luso-espanholas sob o comando do capitão Francisco Caldeira Castelo Branco, quando, a 12 de janeiro de 1616, fundou o Forte do Presépio.



A povoação que se formou ao seu redor foi inicialmente denominada de Feliz Lusitânia. Posteriormente foi sucessivamente denominada como Santa Maria do Grão Pará, Santa Maria de Belém do Grão Pará, até à atual denominação de Belém.



Nesse período ao lado da atividade de coleta das chamadas drogas do Sertão a economia era baseada na agricultura de subsistência, complementada por uma pequena atividade pecuária e pela pesca praticada por pequenos produtores que habitavam, principalmente, na ilha do Marajó e na ilha de Vigia.



Distante dos núcleos decisórios das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil e fortemente ligada a Portugal, Belém reconheceu a Independência do Brasil apenas a 15 de agosto de 1823, quase um ano após a sua proclamação.



Entre os anos de 1835 e 1840 o município esteve no centro da revolta dos Cabanos, considerada a de participação mais autenticamente popular da história do país, única onde a população efetivamente derrubou o governo local. Posteriormente receberia o título de Imperial Município, conferido por D. Pedro II (1840-1889).



Com o crescimento da importância da produção da borracha, extraída da seringueira, que caracterizou o chamado Ciclo da borracha ou Era da Borracha, entre o fim do século XIX e começo do século XX, Belém atingiu grande importância comercial. Datam desta época expressivos edifícios como o do Palácio Lauro Sodré, o do Colégio Gentil Bittencourt, o do Teatro da Paz, o do Palácio Antônio Lemos e o do Mercado do Ver-o-Peso.



Pela mesma razão, foram atraídas nesse período levas de imigrantes estrangeiros como portugueses, chineses, franceses, japoneses, espanhóis e outros grupos menores, com o fim de desenvolverem a agricultura nas terras da Zona Bragantina.



Nessa época o indígena teve participação direta na economia local, por já está mais reservado nas áreas afastadas dos centros urbanos vivendo sua própria cultura, depois de ter enfrentado por muitas vezes os colonizadores em muitos conflitos.



Cresceu, em contrapartida, o comércio de escravos trazidos para os trabalhos gerais necessários e surgiu a figura do caboclo que já se desenvolvia com a miscigenação.

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