Tributo a Odete Lara na madrugada

ATV Brasil/ORM Cabo recorda a trajetória da atriz Odete Lara com a exibição da cinebiografia da artista sob direção de Ana Maria Magalhães na madrugada de hoje para amanhã, à 0h30. Considerada uma das musas do Cinema Novo, Odete Lara que faleceu em 4 de fevereiro de 2015.
Filha de um operário italiano, ela saiu da periferia de São Paulo para tornar-se a Deusa Loira do cinema brasileiro. Com trilha sonora de Dori Caymmi, o filme se inspira em diferentes momentos de sua carreira para fazer um retrato de mulher, de uma geração e do mundo em que ela construiu a sua vida artística.
A estonteante beleza de Odete Lara lhe abriu muitas portas, mas rapidamente seu talento também foi reconhecido. Ela começou fazendo desfile de moda – apesar de ter apenas 1,60m de altura -, foi garota propaganda da TV Tupi antes de ser atriz do teatro onde conheceu o sucesso.
Do teatro ao cinema foi um pulo. O cinema deu a Odete o status de estrela. Ela se tornou uma das mulheres mais cobiçadas do país. Apesar disso, o sucesso não trouxe felicidade. Ela teve várias relações amorosas decepcionantes e destrutivas.
A trama em cartaz na TV Brasil/ORM Cabo tem como pano de fundo os 30 tumultuados e mais importantes anos da vida brasileira no século passado: dos anos 1930 a meados dos anos 1970. Três atrizes interpretam Odete Lara em épocas diferentes de sua vida. Luanne Louback faz Odete criança, Maria Manoella é a adolescente e Christine Fernandes é a atriz adulta. Caco Ciocler protagoniza Guima, o personagem masculino mais importante na vida de Odete.
Na infância, Lara Brandini (Christine Fernandes) era uma menina depois da morte de sua mãe por suicídio. Durante a adolescência, ela viveu em uma pensão modesta com seu pai, Francesco (Camilo Bevilacqua). Ao crescer e se tornar atriz, Lara passa a viver com Guima (Caco Ciocler), um dramaturgo que teve sua peça teatral censurada pelo governo. Após a liberação do espetáculo, o texto é montado com Lara no elenco, mas logo depois ela e Guima se separam. Em busca da ascensão profissional, a artista se dedica totalmente à carreira e acaba sendo premiada como a melhor atriz do ano, até descobrir que o sucesso artístico não a fizera feliz como almejava ser.
O CORTIÇO
Com roteiro baseado no clássico romance homônimo de Aluísio de Azevedo, o drama “O Cortiço” vai ao ar hoje, às 22h, na TV Brasil/ORM Cabo. Considerada a obra-prima do autor, o romance narra, em sua linguagem vigorosa, a vida miserável dos moradores de duas habitações coletivas. O escritor aborda a questão racial e inaugura o Naturalismo na literatura brasileira.
Dirigido por Francisco Ramalho Jr., o filme da sessão Sala Brasil foi lançado em 1977. A produção conta com grandes nomes da dramaturgia nacional. Participam da trama como Mário Gomes, Betty Faria, Armando Bogus, Itala Nandi e Maurício do Valle. A atriz Beatriz Segall faz uma participação especial no longa como Princesa Isabel.
No final do século XIX, Rita Baiana (Betty Faria) é uma mulher expansiva e liberal que vive num cortiço no Rio de Janeiro de propriedade do português João Romão (Armando Bogus) que vive da renda do estabelecimento. Ao se apaixonar por Jerônimo (Mario Gomes), jovem lusitano recém-chegado ao Brasil, ela deflagra um jogo de paixões que acaba em tragédia, às vésperas da abolição dos escravos no Brasil.
A tragédia amorosa culmina com o incêndio do cortiço. Beneficiado com o dinheiro do seguro, o proprietário do local precipita a morte da escrava e propõe casamento à filha de um burguês.
Serviço
“LARA”
Quarta (17) para quinta-feira (18), à 0h30, na TV Brasil/ORM Cabo
Ficha técnica
Ano: 2002. 
Gênero: drama. 
Direção: Ana Maria Magalhães
Elenco: Christine Fernandes, Caco Ciocler, Maria Manoela, Tuca Andrada, Emílio de Melo, Mariana Lima, Gilberto Gawronski, Monique Lafond, Marcos Caruso. 
Duração 107 min. 
Classificação indicativa: 
16 anos
“O CORTIÇO”
Quarta-feira (17), às 22h, 
na TV Brasil/ORM Cabo
Ficha Técnica
Ano: 1977. Gênero: drama.
Direção: Francisco Ramalho Jr., 
Elenco: Mário Gomes, Betty Faria, Armando Bogus, Itala Nandi, Maurício do Valle. 
Inédito Duração: 100 min. 
Classificação indicativa: 
16 anos.

Edição: Roberto Lisboa
Fonte: Site O Liberal