Adriana Calcanhotto divulga clipe do funk 'Meu Bonde'


Cantora mostra versatilidade ao gravar vários estilos musicais em novo disco


Após encerrar a turnê “Margem” pelo Brasil, Adriana Calcanhotto lançou na sexta-feira (21), o clipe de “Meu Bonde”, single que carrega batidas de funk e uma pegada meio marchinha, presente no décimo álbum de estúdio da cantora. Sob direção, fotografia e edição de Murilo Alvesso, as imagens de “Meu Bonde” foram extraídas durante a última turnê, que rodou o Brasil, os Estados Unidos e a Europa entre 2019 e 2020.
Para o videoclipe, Murilo captou imagens de 22 cidades brasileiras, além de Lisboa e Porto, em Portugal, país onde Adriana ministra o curso "Como Escrever Canções" na Universidade de Coimbra. “Meu Bonde foi o clipe mais gostoso e complicado que eu já fiz. Ele reúne os shows e deslocamentos da turnê Margem entre Brasil e Portugal em um único número. Essa é uma música que foi ganhando sentido pra mim na estrada, quando me vi parte dessa tripulação a que o funk se refere. Foi gravado em banho-maria, na adrenalina de cada show e com uma única câmera, abraçando a irmandade que nasceu nessa turnê. Pela viagem, nos perrengues e momentos gloriosos, esses versos não podiam ser representados com mais sinceridade”.
No vídeo, Adriana aparece em cima do palco, no backstage, em passagem de som, interagindo com fãs, percorrendo trajetos terrestres e aéreos com sua banda e equipe. “Em comparação com todos os outros clipes que fizemos desse projeto, esse oitavo é a imersão em que a Adriana foi mais generosa, dançando com a lente por todos esses palcos e caminhos. A todos os que se perguntavam por que aquele cara subia ao convés na última música, está aqui a resposta”, revela Murilo.
Diferente da versão em estúdio, o registro ao vivo de “Meu Bonde” cresce nos palcos ao ganhar beats eletrônicos, batuques de samba e efeitos de sintetizador. Já encerrada no Brasil, a turnê do show Margem ainda tem apresentações agendadas na Europa para meados de 2020. Antes de Margem chegar a Portugal, a cantora também lançará o registro audiovisual do show.
Adriana Calcanhotto lançou seu último trabalho, “Margem”, em 2019, 11 anos após “Maré” e 21 após “Maritmo”. Apesar de todo este tempo, nesta década a cantora aventurou-se na vida acadêmica em Portugal, lançou gravações ao vivo, novos volumes da série “Partimpim”, tributo a Lupicínio Rodrigues e resgatou o show “A mulher do pau brasil”.
Em entrevista recente, a cantora falou sobre o tempo decorrido para lançar a trilogia discográfica. "Foi o tempo que levou, na verdade. Quando eu fiz o primeiro não era uma trilogia, era um disco que fiz depois de sentir a diferença da proximidade com o mar, depois de morar em Ipanema, ir pro Jardim Botânico e voltar pra Ipanema. Dez anos depois, eu tinha novas canções que falavam sobre o mar e, enfim, neste momento eu já tinha inaugurado essa questão pra mim. Estabeleci a trilogia, mas eu nem sabia se ia completá-la ou não. Quando eu lancei o 'Maré', começou a brotar as ideias do 'Margem', veio esse nome e eu comecei a ter ideias para as canções. A grande vantagem é que foi um disco feito com muita tranquilidade, porque ninguém nem sabia que eu tava fazendo, não tinha pressão sobretudo interna minha, não tinha prazo, não tinha expectativa, não tinha nada".

Fonte: O Liberal/Música (Texto e Foto)

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