Associação de Críticos de Cinema do Pará elege os melhores filmes de 2022

 O longa japonês 'Drive My Car' foi o mais votado pelos críticos. Não entrou filme brasileiro na lista.


"Drive My Car" (Divulgação)


A Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA) apontou os melhores filmes exibidos nas salas de cinema e no streaming em 2022. O filme japonês “Drive My Car”, do diretor Ryusuke Hamaguchi, foi apontado como o melhor do ano. Ganhador do Oscar e do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, o longa venceu também o Bafta de melhor filme em língua não inglesa.

Este ano, a lista anual de melhores filmes da APCA completa 60 anos. Iniciada em 1962 pelos fundadores da associação, os membros mantém essa prática. Este ano, participaram os críticos os críticos de cinema Pedro Veriano, Luzia Miranda Álvares, Marco Antonio Moreira, Francisco Cardoso, Ismaelino Pinto e Dedé Mesquita. O objetivo é recomendar ao público algumas produções que valem à pena serem conferidas pelo público paraense.

“Desde que foi lançado em festivais, no ano passado, ’Drive Um Car’ chamou a atenção da crítica, foi muito elogiado e admirado por críticos”, descreve o presidente da ACCPA, Marco Antônio Moreira.

“O filme chegou em Belém este ano, no Cine Líbero Luxardo. É a adaptação de livro sobre dois personagens com dificuldade de superar o passado, tentando buscar caminhos novos para a vida deles. A gente precisa de filmes assim que de alguma forma fale de histórias reais da vida”.

Em 2º lugar da lista, está “Ennio O Maestro”, um documentário do diretor Giuseppe Tornatore sobre a vida maestro italiano Ennio Morricone, que faleceu durante a gravação do filme e chegou a participar da produção. Em 3º lugar, estão empatados “Benedetta”, de Paul Verhoeven, polêmico filme sobre os delírios de uma freira, e “Aftersun”, de Charlotte Wells, sobre memória de uma relação de pai e filha.

Em 4º lugar, aparece “Licorice Pizza”, de Paul Thomas Anderson, sobre uma paixão adolescente. Em 5º, “Memória”, de Apichatpong Weerasethakul, sobre um som familiar que desperta uma mulher em Bogotá. Em 6º, empataram “O Festival do Amor”, de Woody Allen, e “Mães Paralelas”, de Pedro Almodóvar. E em 7º, empataram “Belfast”, de Kenneth Branagh, e “Titane”, de Julia Dicournau.

Nenhum filme brasileiro entrou na lista da ACCPA, pois não se destacaram na soma dos votos entre as listas com 10 indicações de filmes feitas pelos críticos participantes. “Esperamos que cinemaníacos e cinéfilos assistam ou revejam os filmes escolhidos para ampliação dos debates de cada obra fílmica. É uma lista diversa com filmes de várias origens. A maioria dos filmes ainda não está disponível (no streaming), mas em breve estará”, completa Moreira.

Confira os indicados da ACCPA por categorias:

  • Melhor diretor: Ryusuke Hamaguchi (Drive my Car)
  • Ator: Hidetoshi Nishijima (Drive my Car)
  • Atriz: Tilda Switon (Memória)
  • Ator Coadjuvante: Jude Hill (Belfast)
  • Atriz Coadjuvante: Reika Kirishima (Drive my Car)
  • Melhor Roteiro Original: Dan Kwan e Daniel Scheinert (Tudo em todo Lugar ao mesmo tempo)
  • Melhor Roteiro Adaptado: Ryusuke Hamaguchi e Takamasa Oe baseado na obra literária de Haruki Murakami
  • Melhor Montagem: Massimo Quaglia (Ennio O Maestro)
  • Melhor Figurino: Pierre-Jean Larroque (Benedetta)
  • Melhor Fotografia: Jarin Blaschke (O Homem do Norte)
  • Melhor Animação (longa): Pinóchio de Guillermo Del Toro
  • Melhor Animação (curta): The Windshield Wiper de Alberto Mielgo
  • Melhor Trilha Sonora: Ennio Morricone (Ennio O Maestro)
  • Melhores Efeitos Especiais: Lazaro Cervantes, Salvador Servin, Alejandro Vazquez e
  • Karen Vazquez (Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades)
  • Melhor Documentário (longa): Ennio O Maestro de Giuseppe Tornatore
  • Melhor Direção de Arte: Benedetta, Drive my Car, Titane e Revolta, Rebelião, Revolução
  • Melhor Canção Original: Hold my Hand (Top Gun Maverick) e Doja Cat (Elvis)
  • Melhor Som: Marco Alice, James Austin, David Betancourt (e outros) (Top Gun Maverick)
  • Melhor Cabelo e Maquiagem: Tanja Adams e Charlotte Alpert (e outros) (Spencer)




Fonte: O Liberal 
Texto: Enize Vidigal 

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