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Edição: Paulo Henrique e Alex Cunha.


 Palavra Franca
>O Campeonato Paraense está chegando ao seu final e quem não se cuidar, vai sofrer e até correr riscos de rebaixamento. Querem saber tudo? Leiam a Coluna de Carlos Ferreira aqui no Blog. (PV).

 Pode ser o último Re-Pa oficial do ano
              O campeonato pode ter até mais cinco confrontos de Remo e Paysandu, se os dois rivais decidirem o segundo turno e o campeonato. Mas o Re-Pa de amanhã pode ser também o último  da temporada valendo três pontos. Ou seja, quem não for ao Mangueirão neste domingo pode esperar até 10 meses para reviver a maior emoção do futebol paraense.
             Pode parecer simples propaganda do evento, mas a realidade é que o Re-Pa está em alta para quem quer se emocionar. Foram 14 gols nos três clássicos deste campeonato. O que também indica um jogo emocionante é o efeito moral. O Papão tem a chance de plantar uma imensa crise no rival, se vencer o jogo. O Leão perderia o rumo. Mas, se for o vitorioso, o time azulino supera todas as mazelas atuais e se agiganta no campeonato. Por isso, o jogo deve ter o Remo mais tenso e mais valente, até pelo péssimo segundo tempo que fez na dramática vitória sobre o Santa Rosa.
            O Paysandu deve ser mais sereno, talvez mais tático, mas tendo que se igualar ao rival no suor para não ser engolido. Por tudo isso, deve ser um Re-Pa disputadíssimo, onde os jogadores mais decisivos, como os bicolores Alexandre Favaro, Sandro e Moisés, e os azulinos Adriano, Landu e Marciano concentram a confiança e a esperança dos torcedores.
 
                               Landu, três anos depois
              Campeão estadual em 2007, Landu fez um dos gols da vitória do Remo sobre o Paysandu (2x0) na decisão do segundo turno. Foi o último Re-Pa do impetuoso e controvertido atacante azulino que volta a jogar o clássico três anos depois.
              Landu vestiu quatro camisas após deixar o Leão em 2007. Atuou pelo Cametá, Itumbiara (foi campeão goiano em 2008), Vasco da Gama/RJ e Gama/DF. Esteve novamente no Itumbiara, este ano, em janeiro e fevereiro. Não tem jogado o futebol que o fez xodó da torcida remista, mas não deixa de ser uma esperança no Re-Pa, por seu estilo arrojado, tão próprio do clássico paraense.  
 
                             Sandro, o “manda chuva”
              Nenhum jogador é tão dono de si no Pará quanto Sandro, atualmente. Mesmo fora das condições físicas ideais, se impõe pela capacidade técnica. É o cérebro do time bicolor. Quase todas as jogadas passam por ele. Exerce uma liderança que funciona como ponto de equilíbrio de todo o time. Ele dita o ritmo. É o “manda chuva” do Papão.
              Melhor currículo e maior salário do time, Sandro nem está precisando jogar tudo o que sabe para justificar o alto investimento do Papão. Foi peça vital nos três primeiros Re-Pas e não deverá ser diferente amanhã, com sua bravura e seu talento.
 
                                Hoje, anfitriões são favoritos
              Avaliando-se as campanhas, o Independente em Tucuruí contra o Ananindeua e o Águia em Marabá contra o Santa Rosa são favoritos nos jogos de hoje. Mas a questão não é tão simples. Principalmente no caso do Independente, que tem um histórico negativo em Tucuruí neste campeonato. Só conseguiu uma vitória em casa (2 x 0 sobre o Santa Rosa, no primeiro turno). Além disso, o Ananindeua vem melhorando de jogo para jogo. Mais cedo ou mais tarde vai aprontar uma surpresa.
              O Águia está jogando o melhor futebol do segundo turno e ainda terá o incentivo da torcida. Todos os ventos estão a favor do time marabaense. O Santa Rosa vem de quatro derrotas consecutivas no campeonato, mesmo jogando bem. Tem condições de surpreender em Marabá, mas o Águia é claramente superior.
              Amanhã, em Santarém, um jogo imprevisível. São Raimundo e Cametá são dois times perturbados. O alvinegro santareno deu sinais de crise depois da derrota em casa para o Águia, com discórdias e dispensas. O time cametaense sofreu abalo semelhante ao perder em casa para o Independente. Nesse confronto, quem perder entra em parafuso.
 
BAIXINHAS
* Goleiro bicolor Alexandre Favaro, paraense de Alenquer, disputa amanhã o seu quinto Re-Pa. O atleta está invicto no clássico paraense, com uma vitória e três empates. Favaro curte agora, no Re-Pa, uma invencibilidade que já foi do azulino Adriano.
* Apenas 343 ingressos do Re-Pa foram adquiridos pelos torcedores no primeiro dia de vendas, ontem. Um mau sinal! Os três Re-Pas anteriores tiveram 83.992 pagantes e renderam R$ 1.654.950,00. Esse valor representou 43% da renda de todo o primeiro turno.
* Garotos Patrick e Jorge Santos tiveram dificuldade para cumprir função tática. Mesmo muito cobrado por Giba nos treinamentos, Patrick foi mantido no time. Jorge Santos perdeu a vaga para San, que vai trabalhar pelo lado direito da defesa, compondo o trio de zaga com Pedro Paulo e Raul.
* Didi deu interessante declaração no meio da semana. Disse que nos Re-Pas da decisão do primeiro turno o Paysandu se aproveitou de defeitos táticos do Remo, já corrigidos por Giba, segundo ele. Não explicou, mas referia-se aos espaços no sistema defensivo do Leão por mau posicionamento.
* Amanhã Didi vai compor o banco. Charles Guerreiro faz justiça ao escalar Bruno Rangel ao lado de Moisés. O ataque bicolor fica mais dinâmico e contundente. Bruno Rangel está em ótima fase, confiante pelos gols que marcou nos últimos jogos e treinamentos.
* Dispensado pelo Remo há dez dias, o lateral Índio permanece em Belém, agora curtindo as delícias quentes e geladas da cidade. Índio tem esperança de que o seu ex-colega Didi (jogaram juntos no Corinthians) convença a direção do Papão a contratá-lo para a Série C.
* Veio do Jornal Zero Hora (RS) a notícia do interesse do Internacional no volante paraense Dadá, 26 anos, destaque do Campeonato Gaúcho pelo São José. A informação foi passada pelo técnico Argel, do São José. Além de Dadá, o atacante Beá é outro paraense está no time sensação do Gauchão. 
* A partir de amanhã, até o final do campeonato, Paysandu e Remo só vão jogar nos finais de semana. Bom para Charles Guerreiro, muito melhor para Giba em sua missão de ajustar o time azulino. Bom também para os gramados nesse período em que as chuvas devem se intensificar. * Na eleição do time do Paysandu de todos os tempos, o pesquisador Ferreira da Costa acusa uma curiosidade. Nos seus 96 anos o Papão já teve um conde (Miguel Pinho), dois príncipes (Charles e Ivair), um rei (Dadá) e um cônsul do Japão (Okada). Títulos simbólicos de gente que fez história na Curuzu. 

Fonte: O Liberal 

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