Encontro Literário traz jornalista e escritor Paulo Markun para falar sobre política

A atual conjuntura política do Brasil requer um debate constante sobre política. Na noite desta segunda-feira, 30, a Feira Pan-Amazônica do Livro trouxe para o Encontro Literário o jornalista e escritor Paulo Markun. Ele falou sobre suas publicações, “Brado Retumbante”, dividida em “Na Lei ou na Marra – 1964-1968” e “Farol Alto sobre as Diretas – 1969-1984” e “Meu querido Vlado – A História de Vladimir Herzog e do Sonho de uma Geração”, que trazem aos leitores depoimentos e entrevistas de pessoas envolvidas nos movimentos políticos da época.
O escritor esteve na Feira do Livro, em 2006, em bate-papo com leitores no espaço “Café das Letras” e comenta o seu retorno ao evento literário Pan-Amazônico. “O trabalho de escrever é um trabalho solitário, demora muito tempo para se fazer um livro e a oportunidade de Feiras como esta, do encontro com o leitor é uma chance de trocar conhecimento e experiências, e também sentir de que maneira o seu trabalho alcança as pessoas. O Brasil lê muito pouco, então todo esforço que seja feito para estimular as pessoas a lerem mais é essencial”, avalia.
Estudantes e profissionais de áreas como o jornalismo e letras compareceram ao Encontro Literário. Participativos, eles tornaram a palestra um diálogo com o autor. “O Markun é um crítico político que tem muito conhecimento sobre um momento tenso da política brasileira, a ditadura, acho que ele tem muita propriedade para discutir a nossa atual crise. É um verdadeiro aprendizado”, avalia a Bianca Nunes, estudante universitária.
Defensor da democracia, o escritor diz que é importante ter conhecimento do que se vive em um regime ditatorial. “Espero que os leitores das minhas obras tenham mais elementos para refletir sobre as diferenças entre ditadura e democracia. Em um momento como o atual, em que as expectativas da sociedade foram abaladas por escândalos, denúncias e acusações contra muitos políticos, é importante partir de uma premissa: nenhum tsunami político justifica que seja destruída a frágil democracia que estamos construindo”, afirma.
Amanhã, 31, o Encontro Literário será com o escritor francês Jean-Paul Delfino.


Edição: Roberto Lisboa
Texto: Camille Nascimento 
Foto: Paula Sampaio
Fonte: Ascom Feira do Livro

Nenhum comentário