Games geram espaço e visibilidade para talentos amazônicos

 No Dia Internacional do Gamer, conheça histórias de pessoas que transformaram a paixão em profissão

Divulgação

Os videogames que antes era um pequeno nicho de pessoas excluídas se transformou em uma nova oportunidade. Os chamados “gamers”, palavra que nomeia quem é apaixonado por videogames, têm passado de hobbie para ser o caminho para novas profissões. No Dia Internacional do Gamer, comemorado neste domingo (29), conheça a história de quem tem dedicado a vida para os games profissionalmente. 

O mercado dos games ano a ano se expande independentemente de qualquer crise propicia novas oportunidades para quem desenvolve os jogos eletrônicos para várias plataformas, e também a necessidade de uma mídia especializada, muitas vezes independente, voltada para falar sobre lançamentos, analisar os jogos, cobrir campeonatos e mostrar ao vivo como jogar.

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Mesclar universos diferentes das lendas amazônicas, a arquitetura de Belém ao mundo dos games é o que faz o game designer Rian Araújo, de 29 anos, que está se formando em licenciatura em artes, falar com tanta paixão sobre o seu trabalho na Boiuna Games, uma pequena startup de games da capital paraense. Ele mostra como o universo dos games pode beber como fonte de inspiração na realidade amazônica.

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“O processo de criação de jogo é o passar uma história. Eu não me considero muito um artista, mas como artista e professor é bacana estar participando disso. Posso exercer minhas animações, acabo criando personagens”, conta. A Boiuna Games foi fundada em 2005 por profissionais na área de tecnologia da informação. A startup paraense trabalha com desenvolvimento de games, utilizando de metodologias ágeis para um modelo colaborativo entre todos os envolvidos na produção. Além de trazer uma cultura nortista para o meio dos jogos.

Rian começou com a paixão por jogos com o Magic Boy - clássico do Nintendinho. Hoje ele trabalha como parte da equipe de produção de diferentes games. “Quando eu era muito pequeno a primeira vez que eu vi um videogame ainda criança me apaixonei, era o Magic Boy, um jogo para Nintendinho, fiquei fascinado. Eu jogava e criava histórias o que seria hoje RPG com os meus primos. Tinha em mim sem nem saber isso de criar games, ia narrando”, relembra.

Já adulto Rian decidiu largar o curso de Metrologia para entrar em Artes Visuais, ao mesmo tempo também se capacitou em um curso técnico de jogos eletrônicos, a oportunidade de unir os dois mundos ocorreu naturalmente. “É legal pegar esse fazer artístico e fazer uma história. No início do projeto queríamos poder falar sobre as lendas amazônicas, uma grande referência nossa é o Walcyr Monteiro, um autor local que fazia a mesma coisa que a gente, ele pegava as histórias orais e transformava em escrita, e a gente apresenta de outra forma para outro público essas histórias. Apresentamos para um público novo que vai conhecer os livros, acho que essa simbiose entre os universos é muito bacana”, complementa.
















Texto e Foto: O Liberal
Edição: Alek Brandão

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