Finalista Igor Mota vê a fotografia como uma forma mais leve de mostrar a realidade

 A votação do concurso no portal segue até o dia 31 de agosto

Hoje é o dia do finalista do Prêmio Ary Souza de Fotojornalista, Igor Mota, falar sobre a arte da fotografia e como foi sua descoberta nesse mundo da arte e das possibilidades. Vale ressaltar que as fotos do Igor, assim como de todos os finalistas, estão disponíveis para os usuários no site do portal Oliberal.com e podem ser votadas para o prêmio até o dia 31 de agosto.

Na empresa há vinte e um anos, Igor começou a trabalhar no setor gráfico do Liberal. “Também passei pela distribuidora, pelo classificados e fiz também estágio no arquivo fotográfico do Amazônia. Minha história com a fotografia começou em 2005, quando comecei o curso de fotojornalismo e outras especializações na área”, explicou.

Grato, o fotojornalista fez questão de lembrar de duas pessoas muito importantes na sua história. “Duas pessoas me ajudaram a chegar aonde estou hoje. Uma é meu parceiro de trabalho Sidney Oliveira, que já trabalhava com fotografia e sempre me ensinava, ajudava e incentivava meus estudos. Ficávamos analisando as fotos de madrugada, de acidente, crimes. E como eu já gostava de fotografar aquilo só ia me incentivando ainda mais, Sidney foi um grande amigo”, declarou.

“A outra pessoa é minha esposa, que foi minha maior incentivadora para fazer o curso de fotojornalismo. Débora me deu muita força durante minha jornada até hoje. E minha gratidão ao Grupo Liberal é muito grande também, pela oportunidade de me abrir as portas, de nos dar essa oportunidade de recrutamento e conhecimento. Nas minhas fotos eu gosto sempre de deixar algo que marque a vida das pessoas que vão apreciá-las, porque a fotografia é isso, é ler com o olhar a realidade da vida.

Sobre as fotos escolhidas para concorrer ao prêmio, Igor explica que “a primeira foto é de um senhor que estava sentado na rua, lendo a Bíblia em período de lockdown. Estava tudo parado na cidade, não podia haver circulação nas ruas e nós que trabalhamos nesse momento atrás de imagens marcantes da pandemia, me deparei com essa situação inusitada. Eu já estava com um sentimento positivo, eu queria mostrar algo interessante, alegre e não mais aquele terror que o coronavírus nos causou. Ao passar pela avenida Almirante Barroso, vi esse senhor e fiquei observando durante um tempo. Quando olhei mais perto vi que ele estava concentrado lendo uma bíblia, em meio ao caos, ele estava buscando esperança através da fé. E ele me disse que a melhor saída era entregar nas mãos de Deus, então quis captar aquela conexão do senhor com Deus porque eu sempre tento buscar um forte significado para as minhas fotos”, relatou.

Segundo Igor, a segunda foto “se denomina ‘a vida como ela é’. Pois fotografei um ex-jogador de futebol de Belém que foi trabalhar em funerária para conseguir sobreviver. E ele está feliz por isso, por ter algo a se escorar para sair do caos que a pandemia causou. Fotografia é isso, é mostrar a realidade de uma forma mais delicada e menos sofrida”, concluiu.











Texto e Foto: O Liberal
Edição: Alek Brandão

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