O Clássico, a segurança e a Renda - Por Paulo Vasconcellos




         Somar pontos é tarefa dos times na disputa pelo título de Campeão Paraense, mas acumular cifras nos jogos reflete a responsabilidade financeira que cada clube precisa para a manutenção de seus elencos. Antes de começar, o clássico Remo e Paysandu, que vai ser disputado no próximo sábado, já gera expectativas e reboliços nos bastidores, envolvendo vários setores, entre eles a segurança dos torcedores.
         A Federação Paraense de Futebol se antecipou e programou a tabela do Campeonato, prevendo qualquer modificação em sua programação. A Polícia Militar entrou em ação, vetando o clássico RexPa para domingo, por razões da destinação de parte do efetivo da corporação para outro evento, coincidindo com o horário do Clássico. Dirigentes usaram seus prestígios na tentativa de mudarem do sábado para domingo, mas o futebol foi colocado em segundo plano e o jogo mantido para sábado.
         Como ainda é início de temporada e os cofres dos clubes estão vazios, seria melhor o uso da consciência com a priorização do jogo, por se tratar do maior clássico da Amazônia e também a tradição de sua realização sempre aos domingos. O fator renda também entra em campo e como o torcedor não está acostumado a assistir aos clássicos no sábado, pode haver quebra no faturamento e isso prejudicar os clubes. Enquanto isso, os times vão se ajustando e o campeonato ganhando credibilidade, pelo equilíbrio mostrado nas primeiras rodadas, mesmo com as duas derrotas sofridas pelo Santa Cruz. Que os fluídos positivos sirvam de ingredientes que possam solidificar ainda mais o Futebol Paraense.

O autor é cronista esportivo em Capanema. Editorial do Programa Gastando a Bola , na Rádio Clube do Pará, apresentado por Paulo Sérgio Pinto. 

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