Escritor paraense está entre os finalistas do Prêmio Barco a Vapor 2021

 Daniel Leite foi um dos 10 selecionados com a obra “Era preciso enfrentar os gigantes”.

Divulgação

Os paraenses amantes da boa leitura tem um motivo a mais para ficar de olho no resultado do Prêmio Barco a Vapor 2021. É que o escritor Daniel Leite, nascido por essas bandas foi um dos 10 selecionados para essa edição com a obra “Era preciso enfrentar os gigantes”. O resultado final será divulgado em novembro.

A disputa para estar entre os selecionados foi grande. O concurso recebeu um total de 1.244 inscritos, de várias partes onde a instituição promotora atua, como Espanha, Chile, México, Argentina, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia e Peru.

Autor de livros conhecidos especialmente pelo público infanto-juvenil, como “A história das crianças que plantaram um rio” e “A menina árvore”, Daniel recebeu a notícia de que está entre os finalistas da premiação com muito entusiasmo. “Sinto e reflito sobre os movimentos da jornada. Um projeto de escrita, embates, percursos, fragilidades, vontades de vida: o desejo de sondar uma história, tecer um corpo de linguagens e ser tecido pelas linhas da jornada. Lembro-me sempre dos desvios, cérebro a jornada, o insondável, sinto todo o trabalho, agradeço”, diz.

“Era Preciso Enfrentar Os Gigantes” é um livro iniciado pelo autor em 2018 e narra a história de uma menina e uma avó que recolhem papéis e caixas de papelão pela cidade. Uma criança e uma mulher que trabalham naquilo que se abandona nos restos dos prédios residenciais e no lixo das instituições públicas. “Um dia, dentro de uma caixa de papelão, entre papéis picotados e baganas de cigarro, elas acham um livro com a capa arrancada. A menina não sabe ler, a avó não sabe ler, ainda assim, diante deste ‘livro que não tem um nome’, elas precisam inventar uma outra forma de saber ler”, conta.

O escritor ressalta que são vários os sentimentos que o inspiram na escrita. “Alhear-se de si próprio, cuidar de uma ideia que vibra frágil em todo início de um projeto de escrita, lançar-se ao espanto, trabalhar, escrever, reescrever várias vezes, conviver com as personagens, de algum jeito tornar-se outro com elas”, afirma. Todo este processo de escrita, segundo ele, “é sempre muito particular para quem escreve e ter um trabalho reconhecido envolve toda essa jornada de afetos, dúvidas, desejos, margens ocultas, leituras, escritas, o nosso sondar-se íntimo, humano, em um caminho de muitas linguagens”, completa. 

O Prêmio Barco a Vapor (Premio El Barco de Vapor) é promovido pela Fundação SM, instituição que tem a missão de contribuir para o desenvolvimento integral dos indivíduos por meio da Educação. Já a premiação tem por objetivo revelar novos autores, estimular a criação literária nacional e propiciar aos jovens leitores o acesso a textos inéditos e de qualidade.

A cerimônia de premiação vai acontecer em novembro, em data ainda a ser definida. Por conta da pandemia, assim como no ano passado, ela será em formato on-line. Além de 40 mil reais, o vencedor terá seu livro publicado na coleção Barco a Vapor, da SM Educação.

Os finalistas dessa edição são: “Ana, a mãe de Ana e Ana de novo”, de Welson Oliveira da Silva; “Entre a lagoa e o mar”, de Darío Alejandro Poyanco Bravo; “Era preciso enfrentar os gigantes”, de Daniel da Rocha Leite; “Maria João”, de Maria Cristina Villaca; “O nome que minha mãe me deu”, de Eriane de Araújo Dantas; “O tempo de parar o tempo”, de José Rezende Jr; “Vermelho vivo Catarina”, de Tatiana Busto Garcia; “Por onde andará Branca Cotton?, de Vítor de Araújo Antunes; “Sp Graja Trip, de Geovany Hércules Mendes Limão e “Você já olhou para o céu?”, de Marcelo Pinotti Maluf.

Serviço: Mais informações sobre a premiação podem ser obtidas no site: https://barcoavapor.smeducacao.com.br/






Edição: Alek Brandão
Fonte: O Liberal (texto e imagem)

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