Alunos da rede pública de Abaetetuba constroem robô feito com miriti e material reciclável

 Criação dos estudantes será um dos projetos a participar da etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica, que será realizada entre os dias 30 de julho e 14 de agosto

Divulgação/ Ag. Pará

Alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Bernardino Pereira de Barros, localizada no município de Abaetetuba, construíram um robô feito com matéria-prima de miriti e material reciclável. Ele será um dos projetos a participar da etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica, que será realizada entre os dias 30 de julho e 14 de agosto.

As alunas Camila Ferreira, Rituana Costa, Isabel Souza e Lohainy Carvalho, da 1ª série do ensino médio, tiveram o barco como inspiração para a criação e construção do modelo, já que no cotidiano da vida ribeirinha, ele é o principal meio de transporte, além de ser uma forma de homenagear os condutores de rabetas da região.

“A ideia surgiu quando minha prima e eu viemos das ilhas para fazer um projeto. Como todo mundo sabe, nós, ribeirinhos, não temos tantas oportunidades. Além de tudo, o barco foi escolhido em homenagem ao nosso transporte, que, muitas vezes, foi e é desvalorizado. Batizamos com o nome de ‘Bil’ para homenagear o meu rabeteiro e todos os rabeteiros, que são pessoas de extrema importância na vida de todos os alunos, pois eles fazem parte do dia a dia e são responsáveis por nos trazer diariamente para estudar”, explicou a aluna Rituana Costa.

O robô, carinhosamente chamado de “Bil”, foi pintado com as cores da bandeira da cidade de Abaetetuba: vermelho e azul. Além disso, Bil está programado para se deslocar em uma simulação de um resgate de vítima de desabamento de um prédio.

Em municípios como Abaetetuba, o apoio é feito pela Coordenação de Tecnologia Aplicada à Educação (CTAE), da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio do Núcleo de Tecnologia Aplicada (NTE), que apoia e dá suporte para alunos em projetos de robótica. Além do suporte, o NTE qualifica os professores para o uso pedagógico das novas tecnologias.

"O desenvolvimento desse projeto e a essência dele, a gente usa o conceito do maker (faça você mesmo), além de conceitos de reutilização e reciclagem. A bateria foi retirada de notebooks que não funcionavam mais, as rodas foram retiradas de desodorantes. E, além disso, valorizamos a questão da cultura local, pois o robô é todo confeccionado de miriti, material que é algo cultural da região abaetetubense", explicou o professor e um dos orientadores do projeto, Sebastião Silva.





Edição : Alek Brandão
Fonte: O Liberal (texto e imagem)

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