Projeto leva oficina de teatro gratuita para crianças da Vila de Pescadores em Bragança

 O projeto “Teatro na Vila” visa transformar vidas de crianças através da arte

Levar a arte para além das fronteiras do interior é um dos principais objetivos do artista e produtor cultural Paulo César Jr. Natural de Bragança, ele é idealizador do projeto “Teatro na Vila”, que oferece aulas de teatro para as crianças da Vila dos Pescadores, em Bragança, nordeste paraense.

A iniciativa foi desenvolvida pelo artista, em parceria com o líder comunitário e mestre de carimbó Lázaro Amorim e o estudante de pedagogia, André Romão. O projeto Teatro na Vila já realizou duas oficinas de iniciação teatral com as crianças da localidade. A última oficina ocorreu no dia 30 de maio.

Para Paulo, a visão é expandir o projeto para que cada vez mais pessoas tenham acesso à arte. “O nosso objetivo é ampliar essa ideia para outras vilas da região bragantina, formar mais turmas de teatro e correr atrás de apoio para que cada vez mais possamos facilitar o acesso dos moradores de Bragança e das vilas da região à práticas artísticas”, explica o idealizador.

Sempre com um olhar empreendedor e com intuito de pescar as pessoas através da arte, o produtor chegou a abrir uma produtora dentro da cidade, para promover ações culturais que alcançassem todas essas comunidades com dificuldade de acesso à arte e cultura em geral. Porém, a pandemia do novo coronavírus tornou-se um obstáculo no meio do processo.

De fevereiro até o início de maio, o artista conseguiu realizar a primeira atividade presencial na Vila dos Pescadores, uma exposição com fotografias de Thais Martins que retratou o cotidiano dos moradores da comunidade. “Durante esse período realizamos a oficina de fotografia e a exposição de fotos na Vila. Após a execução desse projeto, eu decidi realizar um projeto independente voltado para as crianças da comunidade com recursos próprios”, comenta o artista.

As aulas de teatro na infância podem ajudar as crianças no desenvolvimento de suas relações interpessoais, na capacidade de trabalhar em grupo e no autoconhecimento. Além de instigar a consciência corporal, coordenação motora, memória e a concentração.

Dessa forma, o artista defende o teatro como um lugar que possibilita a transformação pessoal, além de ser uma ferramenta para salvar vidas. “Estamos vivemos tempos de muito luto e tristeza, mas aos poucos começamos a reorganizar nossas vidas e plantar sementes positivas para contribuir para a transformação da nossa comunidade. Eu vejo esse futuro sendo escrito pelas nossas mãos, mas principalmente pelas mãos das nossas crianças. Nós fomos muito bem recebidos, as crianças brincam e se divertem de maneira muito afetiva. Então é importante que tenhamos um olhar especial para elas, que busquemos sempre reforçar suas experiências dando novas possibilidades de olhar o mundo e de escrever suas histórias como protagonistas”, conclui. 






Edição: Alek Brandão
Fonte: O Liberal (texto e imagem).

 

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