Dia das Crianças: confira as brincadeiras mais tradicionais na infância

 Apesar da passagem do tempo e em meio a diversos recursos tecnológicos que as crianças de hoje possuem acesso, algumas brincadeiras se mantiveram presentes na vida dos pequenos



A infância é uma fase marcada pela diversão e pela exploração da imaginação. E isso se reflete durante boa parte do tempo nas brincadeiras. Mais do que um momento de diversão e descontração, esse momento lúdico é essencial para o desenvolvimento infantil, conforme apontam especialistas. Apesar da passagem do tempo e em meio a diversos recursos tecnológicos que as crianças possuem acesso, algumas brincadeiras se mantiveram presentes na vida dos pequenos, enquanto outras foram adaptadas. Algumas delas: pega-pega, esconde-esconde, amarelinha, dentre outras.

Para os adultos saudosistas e que carregam boas lembranças da infância, as brincadeiras são como uma bagagem de boas memórias que reavivam uma fase leve e divertida da vida. Nesta quarta-feira (12), data em que é celebrado o Dia das Crianças, quem relembra com saudade dos momentos de diversão na infância é a advogada Luna Araújo, de 36 anos. Ela conta que era comum brincar de “polícia e ladrão” e “bandeirinha”. 

“A socialização com outras crianças era fundamental no nosso desenvolvimento. Brincávamos, brigávamos e resolviamos nossos conflitos com regras próprias de crianças. O importante era continuar a brincadeira. E deixou boas lembranças das noites em que voltávamos pra casa suados de tanto correr com amigos.”, disse Luna.

De geração para geração

Hoje, Luna é mãe de dois meninos e conta que possui o hábito e a tradição de proporcionar aos filhos momentos de brincadeira na rua, nas praças e nos parques com diferentes crianças. Para ela, é uma forma de fazer com que eles se divirtam de forma genuína.

“A principal diferença, de modo geral, é que a infância atualmente tem grande preferência pelas telas e jogos eletrônicos, na nossa época, embora já existisse e tivéssemos vídeo game, preferíamos a brincadeira com outras crianças”, relembrou Luna.

 

Confira algumas das brincadeiras mais conhecidas

Pega-pega

Bastam três pessoas para a diversão ser garantida, porém, quanto mais tiver, a brincadeira fica ainda melhor. Na brincadeira, uma das crianças (a "mãe") terá que tocar em outras crianças enquanto elas tentam fugir. Quando ela consegue tocar em uma das outras crianças, quem foi tocado automaticamente passará a pegar as outras crianças. E assim a brincadeira segue.

Esconde-esconde

Também chamada de pique-esconde, a brincadeira começa quando um grupo de participantes começa a se esconder aleatoriamente, enquanto um único participante deve ficar de olhos fechados e fazer uma contagem até determinado número — ao passo que os demais se escondem. Em seguida, ao terminar a contagem, a pessoa escolhida deve encontrar os colegas um a um.

Há duas opções do que fazer quando o escolhido encontra alguém. A primeira é encostar na pessoa achada, para eliminá-la do jogo. A segunda é correr para o local da contagem antes que o descoberto chegue primeiro, bater a mão lá e gritar “um, dois, três” junto ao nome do amiguinho que estava escondido.

Amarelinha

Uma das outras clássicas é a amarelinha. E não tem muito mistério para brincar. Primeiro, é preciso desenhar no chão dez quadrados numerados que levam até a casa céu. Um por vez, os jogadores lançam uma pedrinha no número 1 e pulam, sem encostar nessa casa, em direção ao céu.

Após chegarem lá, precisam refazer o caminho de volta e pegar a pedrinha. Na segunda rodada, os jogadores lançam a pedrinha na casa 2, e assim sucessivamente. Vence quem pular todas as casas sem errar primeiro. Só não pode pisar nas linhas.

Elástico

No elástico, é necessário três crianças para que a brincadeira comece. Enquanto duas delas ficam responsáveis por segurar o elástico com os tornozelos — em ambas as pontas — a outra já está, de fato, dentro da brincadeira. Ela deve ficar no centro do espaço formado e pular o fio, usando as pernas para torcê-lo. 

Caso a criança erre, ela deve trocar de lugar com alguém que está segurando o elástico. E assim a brincadeira vai seguindo. Ao longo da brincadeira, o fio para quem está jogando vai subindo: dos tornozelos, sobe para as panturrilhas, joelhos, coxas, até chegar no pescoço. Nesse ponto da brincadeira, é possível jogar usando os braços.

Travinha 

A travinha é como em um futebol no campo. Mas, na versão adaptada para as ruas, a partida de futebol é jogada com pequenas traves, pedras ou até sandálias no chão, que servem para delimitar os gols. O objetivo não muda do futebol: acertar o gol no campo adversário.

Queimada

Dividido em dois grupos com números iguais de participantes, o objetivo da queimada é eliminar todos os jogadores do time adversário apenas usando a bola, ou seja, “queimando” ele. É declarado como time vencedor aquele que conseguir eliminar todo os jogadores de forma mais rápida.

Bandeirinha

Duas equipes e dois campos — divididos ao meio — são formados. A partir disso é colocada uma “bandeirinha” ou qualquer outro objeto em cada um dos campos. Então, o jogo começa quando os jogadores de cada um dos times tentam atravessar o time adversário com o objetivo de agarrar a “bandeirinha” dos oponentes. 

A brincadeira fica ainda mais divertida, pois o time adversário deve impedir os invasores no seu campo. Vence o time que conseguir alcançar a “bandeirinha” do outro.

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, Victor Furtado)



Fonte: O Liberal 

Texto: Gabriel Pires

Imagem: Ivan Duarte / Arquivo O Liberal

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