Paraense é destaque em Festival Literário Internacional de Óbidos, em Portugal

 Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura em 2021, Fábio Castro participou de Feira com 300 escritores de várias países


Para Fábio, as expectativas sobre o evento eram muitas, uma vez que além do reconhecimento, o evento proporcionou o intercâmbio entre os autores de diversos países, com o objetivo de fortalecer a área. "É uma feira literária centrada no encontro e diálogo entre escritores. Nesse sentido, a expectativa comum é conhecer pessoalmente autores, bem como suas obras, e, ainda, as pessoas e instituições do campo literário", pontuou. (Reprodução / Divulgação)

O Pará foi representado no Festival Literário Internacional de Óbidos (Folio), em Portugal, pelo professor e escritor paraense Fábio Castro, que venceu o Prêmio Sesc de Literatura em 2021. O evento aconteceu entre os dias 8 e 16 de outubro e contou com 300 escritores de várias nacionalidades. Além de Fábio, o mineiro de Juiz de Fora, João Gabriel Paulsen, vencedor da edição de 2019, participa do evento literário.

Os dois representantes brasileiros, além de participarem da programação do Folio “Prêmio Sesc de Literatura: nova literatura Brasileira”, no último dia 15, participaram de dois encontros no país promovidos por bibliotecas associadas à Fundação José Saramago.

Fábio Fonseca de Castro, é professor do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea) e do Instituto de Letras e Comunicação (ILC), ambos da Universidade Federal do Pará (UFPA). O escritor contou em entrevista a Redação Integrada de O Liberal, como aconteceu o convite. "O convite veio da Fundação José Saramago, sediada em Lisboa, que me convidou para o Folio, visitar os seus projetos e fazer algumas conferências", relembrou.

Para Fábio, as expectativas sobre o evento eram muitas, uma vez que além do reconhecimento, o evento proporcionou o intercâmbio entre os autores de diversos países, com o objetivo de fortalecer a área. "É uma feira literária centrada no encontro e diálogo entre escritores. Nesse sentido, a expectativa comum é conhecer pessoalmente autores, bem como suas obras, e, ainda, as pessoas e instituições do campo literário", pontuou.

A viagem em Portugal continua e Fábio relembrou a primeira participação programada no Folio, na mesa com o escritor João Gabriel Paulsen, mediada pelo escritor Diogo Borges, e também relembrou o centenário de Saramago, que ambienta o seu romance. "Fora esse evento público, tive reuniões com escritores e editores. Outra participação foi na escola de ensino médio de Montemor-O-Novo, a cidade portuguesa onde se passa o romance de José Saramago, Levantado do Chão. Este ano está sendo celebrado o centenário de Saramago, e meu romance tem uma grande influência desse escritor, razão pela qual a referida prefeitura desejou promover esse evento. O terceiro evento foi dia 18/10, na Casa dos Bicos, em Lisboa, sede da Fundação José Saramago", finalizou.

Para quem deseja conhecer a obra vencedora do Prêmio Sesc, é intitulada "O Réptil Melancólico", é um romance de estreia de Fábio Castro, publicado em 2021. O autor conclui os pensamentos ressaltando o que a literatura significa e como ele contribui para a cena. "Fico feliz de representar a literatura que se faz no Pará, neste momento, no âmbito desse prêmio, reconhecidamente importante. Acho que a literatura é a mais coletiva das expressões artísticas, apesar do seu natural ensimesmamento e de sua necessária solidão, e isso porque a literatura é sempre uma elaboração de longa duração e que, portanto, dialoga com experiências sociais imediatas e tangentes, algumas vezes até remotas, escavando camadas de uma intersubjetividade que nunca é apenas do autor", finalizou.



Fonte: O Liberal 

Texto: Emmanuele Corrêa 


Nenhum comentário