Dia Mundial do Escritor é comemorado em 13 de outubro
A data em homenagem ao escritor é diferente no Brasil e nas comemorações internacionais. No Brasil, o Dia do Escritor é comemorado no dia 25 de julho, mas em nível internacional os escritores são homenageados em 13 de outubro, data conhecida como o Dia Mundial do Escritor.
Pouco se sabe sobre a criação do Dia Mundial do Escritor, sobretudo a motivação da escolha da data, mas sobre o Dia Nacional do Escritor – 25 de julho – podemos afirmar que a data foi escolhida pelo ex-ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido, em 1960, para homenagear escritoras e escritores brasileiros.
A escolha do dia 25 de julho ocorreu porque, naquele ano, nessa data, seria realizado o I Festival do Escritor Brasileiro, no Rio de Janeiro, promovido pela União Brasileira de Escritores (UBE), cujo vice-presidente era o escritor Jorge Amado (1912-2001).
A partir daquele ano, o dia 25 de julho é comemorado em todo o país. Na ocasião, são organizados eventos que buscam valorizar autores e autoras da literatura brasileira e incentivar a leitura de suas obras. Motivos temos de sobra para comemorar o Dia do Escritor. Grandes nomes da literatura nacional, como Machado de Assis e Clarice Lispector, são reconhecidos também em outros países.
São muitas as frases de efeito sobre o ato de escrever, como “Escrever é poder viajar levando o mundo inteiro na bagagem”, cujo autor desconheço, ou “Um país é feito de homens e livros”, de Monteiro Lobato.
Escrever é um ofício solitário, através do qual o escritor, diante de sua máquina, se desmancha lágrimas, risos, melancolias e emoções. Essa é de minha autoria e acaba de nascer diante da minha máquina, hoje, um notebook.
Pablo Neruda foi simples e profundo ao descrever o ator de escrever: “Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio, você coloca as idéias”. Para João Cabral de Melo Neto, “Escrever é estar no extremo de si mesmo.”
Conheça um pouco da história de grandes escritores brasileiros
Monteiro Lobato – Foi um dos primeiros autores de literatura infantil do Brasil. Além de escritor, foi também editor e criador da Editora Monteiro Lobato e, mais tarde, da Companhia Editora Nacional. O autor se destacou, principalmente, pelo universo criado em sua obra mais conhecida: a série Sítio do Pica-pau Amarelo, composta por 23 livros. A série já foi adaptada para o cinema e televisão diversas vezes, além de ter se tornado história em quadrinhos.
Machado de Assis – Fundador e o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis. Nomeou José de Alencar como patrono de sua cadeira na Academia. O escritor tem uma extensa lista de obras, que conta com romances, contos, peças teatrais, poemas, sonetos e crônicas. O autor é considerado o introdutor do Realismo no Brasil com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas. De complexa definição, a obra de Machado de Assis perpassa por vários gêneros e estilos literários.
José de Alencar – É de extrema relevância para a literatura brasileira por ter sido o precursor do romance de temática nacionalista. Além disso, foi nomeado patrono da cadeira fundada por Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras. Em 1856, Alencar publicou seu primeiro romance, Cinco Minutos. No ano seguinte, publicou A Viuvinha. Mas foi com O Guarani, publicado em folhetins no ano de 1857, que se tornou popular. Junto a Iracema (1865) e Ubirajara (1874), O Guarani faz parte da trilogia indigenista — os três romances do autor de temática indigenista. O indianismo foi uma das principais tendências do Romantismo brasileiro, que conta com Gonçalves Dias na poesia e José de Alencar na prosa.
Carlos Drummond de Andrade – Foi um dos principais poetas da segunda geração do Modernismo brasileiro. Além de poeta, foi contista e cronista. O Modernismo brasileiro tem a característica do verso livre, independente de um metro fixo, que é percebida em muitas das obras de Drummond. Seu estilo de poesia é composto por traços de ironia, humor, pessimismo diante da vida e observações do cotidiano.
Cecília Meireles – Foi poeta, jornalista, professora e pintora. Publicou seu primeiro livro de poemas, Espectros, aos 18 anos de idade. Considerada uma das maiores poetas do Brasil, seus poemas não podem ser enquadrados em apenas uma escola literária. Aos nove anos de idade, Cecília teve o primeiro reconhecimento de seu talento ao receber o prêmio Olavo Bilac das mãos do próprio escritor. Ele era inspetor escolar no estado do Rio de Janeiro, onde Cecília viveu e estudou.
Clarice Lispector – Foi uma jornalista e escritora nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira. Lispector escreveu romances, ensaios e contos e é considerada uma das mais influentes escritoras da literatura mundial. Iniciou sua carreira como tradutora, mas logo se consagrou como escritora, se tornando uma das mais importantes do país do século XX. Clarice era falante de ao menos sete idiomas: português, inglês, francês, espanhol, hebraico iídiche e russo. Traduziu ao todo 35 livros de variados escritores e gêneros. Enquanto escritora, publicou seu primeiro livro aos 24 anos, Perto do Coração Selvagem. No entanto, publicou seu primeiro conto quando tinha apenas 19 anos.
Fonte: Agência de Notícias da Favela
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