CRÔNICA DA ATUALIDADE - Direto ao Assunto

Edição: Paulo Henrique e Celene Vasconcelos

Custe o que custar
Chegamos ao crepúsculo de mais uma campanha eleitoral onde o cidadão brasileiro, nas urnas, vai decidir quem vão ser os homens e mulheres a comandarem os destinos da Nação, servindo de timoneiros das embarcações que precisam seguir o mesmo norte. Alcançados os objetivos nas urnas, os eleitos e reeleitos vão tratar da formação de suas equipes para que o rumo certo seja alcançado e ninguém fique a deriva.
Comparações à parte, o voto é a maior arma do cidadão e deve ser destinada a quem realmente tem projetos que visem o bem estar social sem explorar o famigerado clientelismo que sempre é praticado e não resolve situações, apenas ameniza. O povo brasileiro forma o esquadrão de combate as falsas promessas, mas infelizmente a camada menos favorecida carece de ações imediatas e oportuniza apelações para o clientelismo que virou marca imediatista, usada por quem é descompromissado com a cidadania. Durante o período eleitoral muito se falou em ficha limpa e em ficha suja e não foram encontrados métodos para definições concretas de quem pode e de quem não pode se candidatar a cargos eletivos, proporcionando confusão nas cabeças de quem precisa pensar muito antes de digitar os números dos postulantes aos cargos, sem ter que se arrepender depois, pois são quatro anos que o eleito ficará frente ao cargo.
Como não podemos julgar antecipadamente quem é quem nas questões de sujeira ou limpeza nas fichas, porque isso cabe a justiça. Durante a campanha para o primeiro turno, podemos recorrer ao rádio e a televisão para avaliarmos o perfil de cada candidato, mesmo com a divulgação das pesquisas de intenções de votos que indicaram números expressivos de eleitores indecisos. Talvez não haja mais tempo para se avaliar e quem ainda não tiver decidido por esse ou aquele candidato, tenha que votar em branco ou nulo, que não são as opções corretas se formos aplicar o poder da democracia. Então, esperar até o resultado final que será dado no domingo, dia 3 de outubro, adia por mais algumas horas a expectativa de milhões de brasileiros. Se for levada em consideração a bagatela de gastos com as campanhas, certamente os números ultrapassam posses e não é o momento para julgarmos ou fazermos contas, isto fica para os especialistas em matemática e economia.
De ponta a ponta do País o que se ouve são menções de altos custos das campanhas eleitorais, no entanto, diz a lógica que é a cultura política é o setor responsável por tudo isso. Avaliemos e juntemos tudo o que é gasto nas campanhas e se o montante fosse destinado a ações sociais para a imunização da pobreza, tenham certeza que o Brasil seria um País perto de chegar ao topo de se candidatar a “Primeiro Mundo”, mas por enquanto consideremos medidas tanto quanto utópicas. Porém, sonhar faz parte do cotidiano e não é pecado. Essa linha de raciocínio não se trata de mensurar favoritismos de qualquer que seja a facção política ou mesmo candidatos a cargos no pleito que se aproxima e sim, como parâmetro da atual conjuntura que tem na modernidade a forma mais veloz de se multiplicar as ações, com esperanças motivadoras, pois todos acreditam em melhorias sempre que os nomes são colocados ao julgamento popular e o voto é o elemento principal da democracia plena em que o povo põe e tira, dependendo das circunstâncias. Vamos torcer para que a coerência seja o elemento principal no ato de votar e o resultado favoreça todas as classes e camadas sociais que esperam ações e reações dos agentes políticos que vão exercer seus cargos a partir do dia 1 de janeiro de 2011. (PV).

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