LEQUE DE NOTÍCIAS - Parceria Blog do PV e Rádio Antena C

Edição: Cleoson Vilar, Paulo Henrique, Celene Vasconcelos, Bruno Batista, Jucivaldo Gomes, André Melo, Alex Cunha e Luis Carlos Glins.

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Urna biométrica pode atrasar votação em outubro
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) calcula que o eleitor brasileiro levará, em média, um minuto e meio para votar nas eleições de outubro. São esperados cerca de 15 segundos para votar em cada um dos cargos que aparecerão nas urnas: um presidente, um governador, dois senadores, um deputado federal e um deputado estadual ou distrital.
O tempo estimado é calculado do momento em que o eleitor se dirige à urna até o momento que ele vota para o último cargo. A média para este ano foi calculada tomando por base os números de 2008, quando os eleitores fizeram uma média de 31 segundos para votar em prefeito e vereador.
Além disso, o tempo entre a digitação do título pelo mesário e o início da votação na urna é estimado em 8 segundos. Essa projeção, feita no ano passado, não inclui o tempo gasto para votar na urna biométrica, pois, em 2008, o sistema funcionou em fase de teste em apenas três municípios.
Neste ano, 1 milhão de pessoas votarão por meio do sistema de reconhecimento das digitais. Eleições simuladas com o novo método, realizadas no dia 21 de agosto, apontaram que, apesar de o sistema ser mais seguro por evitar fraudes, pode fazer com que leve mais tempo para os eleitores deixarem o local de votação.
Na simulação, promovida em 43 municípios de 19 estados, o maior problema foi a dificuldade de reconhecimento das impressões digitais. Em Búzios (RJ), por exemplo, um eleitor tentou por quase dez minutos ter a digital aceita pelo sistema.
Para evitar atrasos ainda maiores ou mesmo a confusão entre candidatos, é recomendável que o eleitor leve o número anotados em um papel, a chamada cola eleitoral. (ABr)
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Remo dá vexame e entra `de férias´ até 2011
Não vai ser tão cedo que o Remo vai voltar a dar alegrias para a sua torcida
Era comum a comparação do Remo 2010 com o de 2005. Por uma razão: ambos os times jogavam feio, de forma limitada. Não tinham craques, não encantavam ninguém, mas conseguiram se sustentar com o argumento da eficiência.
Havia uma diferença, contudo. Há cinco anos, quando o Remo se sagrou campeão brasileiro da Série C, a torcida jogava com o time, era como se subisse para cabecear a cada bola cruzada para Capitão, Maurílio e cia. Este ano, não foi exatamente assim. E por ironia do destino, quando o público passou da marca de 20 mil pagantes, quando o Mangueirão parecia reviver os bons tempos, o time de 2010 desandou.
A essa altura, outra diferença já estava estabelecida. Os azulinos de 2005 saíram como vencedores, escreveram seus nomes na história. Os azulinos de 2010, por sua vez, vão engrossar a lista dos fracassados. Aliás, um fato comum, corriqueiro das últimas temporadas da equipe de futebol.
Ontem, foi escrito mais um capítulo nebuloso da crise de identidade do Leão. O empate, 1 a 1, diante do Vila Aurora (MT), foi suficiente para desbancar Giba, Adriano, Lima, Vélber e o resto do time da Série D do Campeonato Brasileiro. A eliminação foi justa, não há o que questionar. O Remo do fatídico dia 12 de setembro não foi diferente das tarde de domingos anteriores. Foi envolvido e só não saiu derrotado do primeiro tempo por obra e graça de Adriano. Perdeu a batalha no setor de meio-campo, parecia bagunçado e a culpa, de acordo com os jogadores, foi do posicionamento equivocado.
Nos primeiros minutos da etapa final, enfim, a mudança de postura. A torcida empurrou, a equipe cresceu. Landu e Giba até vibraram como crianças. É que Vélber aproveitou o bom momento e fez 1 a 0. Mas a normalidade voltou com o gol de empate assinalado por Daniel. Na base do coração, sem tática alguma, com zagueiro virando lateral e atacante, o Remo não conseguiu alterar o placar e sacramentou a sua mais recente queda. Até quando, Leão?

Tradição não ganha jogo, Leão... 
O gol do adversário, marcado fora de casa, selou a sorte do Remo no primeiro mata-mata da Série D. A soma dos dois resultados (um 0 a 0 e um 1 a 1) não retratou, como devia, a superioridade do time do Mato Grosso.
O Vila Aurora (MT), com uma filha salarial de R$55 mil, segundo o presidente José Carlos Filho, foi superior duas vezes seguidas ao Remo, que gastava algo em torno de R$300 mil mensalmente, de acordo com informações extra-oficiais. O Oscar das declarações pós–jogo foi do treinador classificado, Carlos Rufino. Sincero, disse que se tratava do dia mais feliz da sua vida profissional e, depois, concluiu com perfeição. “O Remo tem pouco time para a tradição dele”. Rufino já havia dito algo parecido antes do jogo em Belém. Considerou que era possível uma vitória, sem desrespeitar e sem apelar. Dito e feito! “Estou feliz porque acabamos sendo superiores”, afirmou. Do lado de fora do vestiário dos visitantes, gritos eufóricos. Pareceu e pode ter sido o maior feito da história do Vila Aurora.
O lado remista era só desolação. O meia Canindé acabou revelando um pouco do clima após a partida. De acordo com o meia, que admitiu, apesar de não saber explicar a sua fase ruim com a camisa azulina, apenas o companheiro Vélber conversou com o grupo. Na versão, Giba e os demais integrantes da diretoria ficaram em silêncio. Vélber, aliás, mostrou o porquê é um dos jogadores mais vitoriosos do futebol paraense. Saiu de cabeça erguida, cumprimentando a todos e se expondo à ira de poucos torcedores que resolveram protestar. “No futebol, não se pode errar!”, disse o risadinha, explicando, de forma simples, a eliminação. Um grupo de policiais chegou a se posicionar para evitar tumulto, mas não precisou agir. 

Questionamentos e desculpas 
O reserva Didão foi o dono do discurso mais forte. Evitando polemizar, o meia acabou expondo que esperava ser utilizado como opção para conter a volúpia do adversário a partir do momento em que o Remo conseguiu obter vantagem. “A gente acaba sendo treinador”, comentou, seguindo. “Pensei que iria entrar. Poderíamos ter tirado o Frontini ou o Vélber para fechar mais o meio”, indicou.
Didão até questionou o método de trabalho implantado pela comissão técnica. “Tava rendendo durante os treinamentos, dando o meu máximo, e às vezes não fui nem no banco”, disparou. Por ironia, o meio-campo teve a sua primeira chance no Remo já sob o comando de Giba, ainda durante o Campeonato Paraense no decorrer de um jogo contra o São Raimundo, em Santarém. Terminou o Estadual como titular, porém, perdeu a titularidade com a chegada de Júlio Bastos.
Entre os demais jogadores, ninguém apontou culpado. “Não é o momento de crucificar ninguém”, considerou Gian. Já Zé Carlos, que começou o torneio como principal referência de área e acabou fracassando, falou com o torcedor. “Peço desculpas. Ano passado (quando atuou pelo Paysandu), fui feliz aqui. Infelizmente, não deu para repetir as boas atuações”, lamentou. “A gente não pode tirar o mérito do Vila. Eles apresentaram um futebol belíssimo”, exagerou. Landu pontuou que o momento exige um determinado comportamento. “Todos têm que assumir a responsabilidade. Não só eu, porque todo mundo joga”. (Diário do Pará)

Bancos terão que triplicar proteção
Dirigentes de bancos centrais e órgãos reguladores do setor financeiro de todo o mundo concluíram o acordo de Basileia 3, que traz novas exigências de capitalização para os grandes bancos. O objetivo é aumentar a estabilidade do sistema e evitar crises globais como a ocorrida há dois anos. As novas normas, aprovadas pelo Comitê de Supervisão Bancária da Basileia, obrigarão os bancos a manter mais capital como garantia para uma variedade de empréstimos e investimentos, o que deverá reduzir os lucros das instituições.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet disse que “os acordos alcançados hoje são um fortalecimento fundamental dos padrões globais de capital”. Segundo ele, sua contribuição para a estabilidade financeira no longo prazo será substancial. Os acordos de transição permitirão que os bancos cumpram os novos padrões e ao mesmo tempo apoiem a recuperação econômica.
Nout Wellink, presidente do banco central da Holanda e também do Comitê de Supervisão Bancária da Basileia, afirmou que “a combinação de uma definição muito mais forte de capital, de exigências mínimas mais altas e a introdução de novos colchões de capital vão assegurar que os bancos tenham mais capacidade de suportar períodos de estresse econômico e financeiro”.
Os bancos deverão manter um nível de capitalização, medido pela soma do valor de suas ações ordinárias com reservas em “cash” (à vista), equivalente a pelo menos 4,5% de seus ativos. A exigência atual é de apenas 2%.(AE)

Escolaridade mantém Brasil na lista de desiguais
A baixa escolaridade da população brasileira mantém o país entre as dez nações mais desiguais do mundo. “Ainda estamos no top 10 da desigualdade mundial”, afirma o economista-chefe do Centro de Políticas Sociais vinculado à Fundação Getulio Vargas (FGV), Marcelo Côrtes Neri.
Análise publicada pelo economista na última sexta-feira (10) mostra que desde 1996 há redução do índice de Gini. O indicador, que mede a concentração de renda (quanto mais perto de 1, maior a desigualdade), caiu de 0,6068, naquele ano, para 0,5448, em 2009.
Apesar da queda, o índice brasileiro é superior ao de países como os Estados Unidos (em torno de 0,400) e da Índia (0,300); e está próximo ao de nações mais pobres da América Latina e do Caribe e da África Subsaariana. “Saímos do pódio, mas ainda estamos entre os mais desiguais”, aponta o economista.
Segundo Marcelo Neri, para diminuir a desigualdade é preciso que a renda das classes mais baixas continue crescendo; que se mantenham programas sociais focados na população mais pobre; e, sobretudo, que o Estado amplie a oferta de educação de mais qualidade e as pessoas permaneçam na escola.
O sociólogo e cientista político Simon Schwartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), assinala que “a educação no Brasil é muito ruim” e que há um “excesso de valorização” da escolaridade, o que explica a grande diferença salarial entre quem tem curso superior e quem não tem nenhuma formação. Para ele, o desempenho educacional “não tem melhorado muito” e, portanto, nos próximos dez anos o quadro de desigualdade permanecerá.
Para o gerente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Cimar Azeredo, o Brasil tem “mazelas que não se desfazem de uma década para outra”. Ele citou a diferença entre a renda de homens e mulheres, brancos e negros. “O passivo é muito grande. Somos há muito tempo um país desigual.”
O estatístico e economista Jorge Abrahão de Castro, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), confirma que o país ainda vive “as sequelas do passado” demonstradas, por exemplo, na última Pnad, que, além da desigualdade perene, indica que um em cada cinco brasileiros com 15 anos ou mais tem menos de quatro anos de estudo.
De acordo com a Pnad, o percentual de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos na escola em 2009 era de 97,6%. Na avaliação dos especialistas, a permanência dessas crianças na escola resultará em melhoria de renda no futuro.
Para Marcelo Neri, da FGV, a chamada nova classe média brasileira, com mais de 95 milhões de pessoas, é formada por crianças e adolescentes que entraram e permaneceram na escola nos anos 90, quando houve universalização do acesso ao ensino. (Agência Brasil)


Lei da cadeirinha já multou 7 no Pará
A lei da cadeirinha está em vigor desde o começo do mês, mas apenas o Detran tem aplicado multas
Desde o dia 1º de setembro, quando se tornou obrigatório o uso de cadeirinhas para o transporte de crianças até 7 anos e meio em carros de passeio, o Departamento de Trânsito do Pará (Detran) já autuou sete veículos por estarem em desacordo com as exigências da lei. Somente nos primeiros dez dias de vigor da nova norma, mais de 50 veículos que conduziam crianças na Região Metropolitana de Belém foram abordados.
Apesar do volume de inspeções, o diretor do Detran, Walter Aragão, afirma que o órgão não tem feito fiscalizações específicas para o cumprimento da nova lei. “Mantivemos as nossas operações de rotina e apenas acrescentamos mais essa exigência às verificações”, explica.
O diretor informa, ainda, que os números são apenas estimativas, já que ainda não existe um balanço das fiscalizações. Ao todo, são 160 agentes de trânsito estaduais, distribuídos na Região Metropolitana de Belém, aptos a fiscalizar e aplicar possíveis penalidades.
Se prevenindo contra possíveis transtornos causados pela grande procura do equipamento, a universitária Mariana Silva adquiriu a cadeirinha com bastante antecedência. “Logo que começaram a falar das cadeirinhas eu fui às lojas”. O filho João Gabriel, de 5 anos, foi quem mais aprovou a novidade. “É muito confortável e tem até cinto e almofada”, diz a criança.
Mesmo com o alto valor do equipamento, a dona de casa Fabiana Monteiro, mãe de uma criança de 4 anos, se adequou à norma no mesmo dia em que ela entrou em vigor. “Sai caro, mas a gente tem que usar, é questão de segurança”, conta.
Para o diretor do Detran, o saldo das fiscalizações tem sido positivo. “Muitos condutores já estão cumprindo a lei e mesmo os que ainda estão irregulares admitem saber da obrigatoriedade”.


CTBel educa e só deve multar a partir de outubro
Diferente do Detran, a Companhia de Transportes de Belém (CTBel) só começará a aplicar multas a partir do dia 1º de outubro. Até lá, os agentes do órgão realizam ações educativas e esclarecimentos aos condutores. A multa para quem descumprir a lei é de R$ 191,54 por criança flagrada e o condutor ainda pode ter 7 pontos somados à sua carteira.


LEI
O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) publicou recentemente alterações nas regras para o transporte de crianças em veículos que possuem apenas o cinto abdominal ou de dois pontos no banco traseiro. Nesses carros, o transporte de menores de 10 anos poderá ser feito no banco dianteiro, com o uso do dispositivo de retenção adequado para a idade da criança --o bebê-conforto para crianças de até um ano, a cadeirinha para crianças entre um e 4 anos ou o assento de elevação para crianças entre 4 e 7 anos. (Diário do Pará)

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