Romário consegue assinaturas de CPI para investigar acusações contra a CBF



Na tarde desta terça-feira, o deputado federal Romário discursou no plenário da Câmara Federal e informou que iniciaria a coleta de assinaturas para tentar instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as, segundo ele, "robustas" denúncias que pesam sobre a CBF.


Em menos de 24 horas, o ex-jogador informou através de sua assessoria que já conseguiu 188 nomes. Como o necessário são 171 assinaturas - um terço dos integrantes da câmara baixa -, o deputado informou que entrará ainda hoje com o requerimento para a instalação da CPI. Através de sua conta pessoal no Twitter, o ex-atleta comemorou em duas publicações.

"Galera, consegui as assinaturas para a CPI da CBF!!!/ Vou protocolar agorinha aqui na Câmara", postou.

Primeira tentativa não havia dado certo

As assinaturas conquistadas em tempo recorde tornam-se ainda mais expressivas quando se leva em conta o histórico de CPI sobre a entidade máxima do futebol brasileiro. Em 2000, a CPI CBF/Nike e a do Futebol "acabaram em pizza", no jargão político para não dar em nada. A grande conquista daquele processo foi a criação da Lei Pelé, que regulamentou o esporte.

Já no ano passado, outras acusações pesaram sobre os ombros de Teixeira. Contestando diversas ações governamentais visando a realização da Copa do Mundo de 2014, o deputado federal Anthony Garotinho chegou a contar com 146 assinaturas. Porém, temeroso do que poderia acontecer durante as investigações, o mandatário da CBF voou até Brasília e, demonstrando alto poder de barganha com os parlamentares, negociou a retirada de muitos nomes da lista já formada pelo ex-governador do Rio de Janeiro.

Segundo Romário, esta situação não deve se repetir agora. "Nós aqui da Câmara não estamos admitindo mais esse tipo de sacanagem com o povo", falou. A saída de Teixeira do comando da confederação (e do país) também facilitaram o trabalho do Baixinho.

Acusações contra Ricardo Teixeira

No discurso proferido nesta terça-feira, Romário apresentou algumas das acusações que pesam contra Ricardo Teixeira. O deputado falou de um possível desvio de R$ 7 milhões de patrocínio da companhia de aviação TAM da CBF para empresas ligadas a laranjas do antigo mandatário da entidade e de R$ 150 mil que Teixeira viria recebendo como consultor da CBF atualmente.

Além disso, o Baixinho também aponta para irregularidades nas eleições de sucessão, marcadas para abril de 2014, que envolveriam o José Maria Marín, presidente em exercício por ser o vice mais velho da confederação.

Fonte: Yahoo/Esporte Interativo